Justiça autoriza compartilhamento de provas da Chacina do Taquari com a Delegacia de Homicídios

Mais de dois anos após o massacre que deixou seis mortos em uma residência no Bairro Taquari, em Rio Branco, a ação penal do caso conhecido como “Chacina do Taquari” está próxima de ser concluída. Na última quarta-feira (5), o juiz Fábio Farias, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, autorizou o compartilhamento de provas com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após parecer favorável do Ministério Público do Acre.

A solicitação tem como objetivo subsidiar a instauração de um novo inquérito pela DHPP, que investiga outros assassinatos ocorridos na mesma região e que podem estar relacionados ao episódio.

Na mesma decisão, o magistrado determinou a intimação do réu Tony da Silva Matos para que, no prazo de 10 dias, informe se pretende contratar um advogado. Caso contrário, será nomeado um defensor público para atuar em sua defesa.

A chacina ocorreu na noite de 3 de novembro de 2023, durante uma emboscada armada por membros de uma organização criminosa. O confronto entre facções rivais resultou na morte de seis pessoas:

• Adegilson Ferreira da Silva e Valdei das Graças Batista dos Santos, integrantes do Bonde dos 13
• Luan dos Santos Oliveira, Tailan Dias da Silva, Sebastião Ytalo Nascimento de Carvalho e Tiago Rodrigues da Silva, ligados ao Comando Vermelho

No processo principal, foram denunciados Tony da Silva Matos, José Werverton Nascimento Rosa, Davidesson da Silva Oliveira e Denilson Araújo da Silva. Ronivaldo da Silva Gomes, conhecido como Rony, também é réu, mas permanece foragido.

A expectativa é que ainda neste mês o juiz Fábio Farias profira a sentença de pronúncia, que decidirá se os acusados irão a júri popular.