POLÍCIA
“Não foi rebelião, foi tentativa de fuga”, diz secretário de Segurança do Acre; tem cinco mortos e um ferido
O secretário de Segurança Pública do Acre, coronel PM Américo Gaia, chefe do gabinete de crise estabelecido minutos depois do estouro de um movimento ainda desconhecido dentro do presídio Antônio Amaro Alves, na quarta-feira, 26, pela manhã, disse agora há pouco que não houve rebelião no sistema prisional, mas uma tentativa de fuga frustrada. Ele informou em entrevista coletiva, juntamente com demais membros do gabinete integrado, formado por Ministério Público, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil, que houveram cinco mortes e um ferido.
Aquilo que no princípio seria uma rebelião dentro do perímetro do principal presídio do Estado, o Francisco d’Oliveira Conde, onde está anexo o Amaro Alves, acaba de ser revelado como uma tentativa de fuga imprimida por 13 elementos. Eles renderam um policial penal, Rodrigo Silva, e um detento que fazia faxina, cujo nome não foi divulgado, e com os dois em seu poder conseguiram acesso a sala de armas do presídio.
Apossados de 15 armas, maioria longa e de grosso calibre, tentaram imprimir a fuga, limitada aos muros do presídio, que é de segurança máxima. Nas últimas 24h, enquanto aconteciam as negociações, no interior do presídio houve ataque contra outros presos, resultando em um saldo de cinco mortos, segundo a versão oficial.
O secretário Gaia disse que a integração ao gabinete de crise de Polícia Civil, Bombeiros, PRF como auxiliar, a própria Polícia Penal, mais o Ministério Público, foi fundamental para que em menos de 24h a questão fosse encerrada. Nesse momento, disse ele, o presídio está totalmente controlado e que, a partir de agora iniciam as investigações para a polícia poder acessar o antes, o durante e o depois. Ele não sabe dizer ainda, por exemplo, como os detentos conseguiram sair das celas.
Após as investigações e o fim do serviço pericial da polícia, o secretário promete expor todo o resultado da operação. Informou também que todo um esquema de segurança está em andamento nesse momento para evitar as retaliações prometidas pelas facções. Inclusive, no final da coletiva, o comandante da PM, coronel Luciano Fonseca, informou a prisão agora há pouco de quatro pessoas que estariam organizando ataques nas ruas.