A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas no Acre deve superar 194 mil toneladas, segundo a estimativa de abril do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgada na última quinta-feira, 15, pelo IBGE. Entres os produtos cultivados no estado, destacam-se a mandioca, com uma colheita de mais de 511 mil toneladas e o milho, com mais de 124 mil toneladas.
No comparativo anual, a maioria dos estados vem apresentando crescimento na estimativa da produção do milho, na segunda safra. No Acre, esse aumento foi de 35,8%. Já a área plantada é superior a 64 mil hectares.
O titular da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), Luis Tchê, afirma que as ações da pasta refletem o compromisso do governo em promover o desenvolvimento do Acre e impactam diretamente nos números registrados.
“O aumento histórico da produção agrícola do estado na gestão do governo Gladson Camelí demonstra a eficácia das políticas públicas implantadas pela Seagri para fomentar a agricultura familiar, com o fornecimento de mudas, assistência técnica, mecanização e programas de compras garantidas, entre outros benefícios que alcançam toda a cadeia produtiva agrícola do Acre”, avalia.
As maiores produções no estado são de mandioca, milho e banana. Confira:
- Mandioca – 511.423;
- Milho – 124. 624 toneladas (sendo 1ª safra de 80.589 t e a 2ª de 44.038);
- Banana – 87.907 toneladas;
- Soja – 62.229 toneladas;
- Cana-de- açúcar – 10.320 toneladas;
- Laranja – 5.245 toneladas;
- Café – 4.921 toneladas;
- Arroz em casca – 4.429 toneladas;
- Feijão – 2.832 toneladas;
Há vários incentivos para produção agrícola, com emendas e programas federais. Fotos: Marcos Vicentti/Secom
Incentivos
Também na semana passada, gestores da Seagri receberam uma comitiva composta por diversos prefeitos, vereadores e o senador Márcio Bittar, para o anúncio do investimento de R$ 22 milhões em emendas parlamentares que vão ser aplicadas no setor agrícola do Acre.
De acordo o secretário Luis Tchê, os recursos serão utilizados na aquisição de máquinas e implementos agrícolas. “As emendas vão beneficiar os 22 municípios do Acre, fortalecer as cadeias produtivas e garantir melhores condições de trabalho aos produtores rurais”, destacou.
Além disso, o governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) também iniciou, na semana passada, o pagamento dos incentivos financeiros a 217 agricultores e agricultoras.
Esses produtores se inscreveram na chamada pública de pagamentos por serviços ambientais (PSA) do Projeto Floresta+ Amazônia, por conservarem a floresta em seus imóveis rurais. A iniciativa repassa, no primeiro lote, o montante de R$ 2,2 milhões. O Acre é um dos estados que tem beneficiários.
O Projeto Floresta+ Amazônia é uma iniciativa-piloto implementada em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e financiada pelo Fundo Verde para o Clima (GCF), com recursos provenientes de resultados obtidos pelo Brasil na Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa decorrentes do Desmatamento e da Degradação florestal (REDD+).
Os beneficiários são agricultores e agricultoras familiares que detêm área de até quatro módulos fiscais e foram elegíveis para receber a primeira parcela do pagamento como provedores de serviços ambientais. Os valores variam entre R$ 1,5 mil e R$ 28 mil, dependendo do tamanho, localização do imóvel rural e da área de vegetação nativa preservada. São quase 12 mil hectares de floresta conservada.