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POLÍCIA

Com redução de 56,6%, Atlas da Violência aponta redução significativa nos homicídios no Acre

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Dados divulgados nesta terça-feira (18) pelo Atlas da Violência, um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), revelam que o Estado do Acre, que já foi cenário de uma das maiores taxas de homicídios da região Norte, apresentou uma queda drástica nos índices de violência nos últimos anos.

Em 2017, a taxa era estimada em alarmantes 61,5 homicídios por 100 mil habitantes, situando o estado entre os mais violentos do país. Contudo, em 2022, esse número reduziu para 26,7, marcando uma diminuição expressiva de 56,6% no período.

O período entre 2016 e 2017 foi especialmente turbulento para o Acre, com o recrudescimento da guerra entre facções criminosas, notadamente o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Os conflitos não apenas inflamaram a violência nas ruas, mas também dentro dos presídios, criando um ambiente de tensão que se refletia em todo o estado, que acabou reverberando também para as eleições de 2018, onde a maior discussão foi a política de segurança pública.

A partir de 2018, uma série de medidas estratégicas foi implementada para reverter esse cenário preocupante. Segundo os estudos, a criação do Programa Acre Pela Vida juntamente com o Observatório de Análise Criminal no Ministério Público (MP), visando não apenas estabilizar os territórios controlados pelas facções criminosas, mas também reduzir os índices de criminalidade, ajudou na diminuição dos indices.

Além disso, a integração dos setores de inteligência da Polícia Civil e do Gaeco/MP foi outro passo crucial, resultando em um aumento significativo nas denúncias e desarticulações de organizações criminosas. Além disso, foram estabelecidas medidas como a criação de delegacia especializada em homicídios, a implantação do Regime Disciplinar Diferenciado em presídios de segurança máxima e a separação dos detentos por facção, medidas que ajudaram a controlar a violência dentro das cadeias.

A cooperação técnica com o governo boliviano e com os estados vizinhos da Amazônia Legal fortaleceu a atuação integrada na faixa de fronteira, especialmente contra o narcotráfico, uma das principais fontes de conflitos na região.

Em termos municipais, Brasiléia destacou-se com a maior taxa de homicídios em 2022, atingindo 69,2 homicídios por 100 mil habitantes. Xapuri (54,8) e Sena Madureira (36,3), também no Vale do Acre, mostraram números acima da média estadual, enquanto no Vale do Juruá, Feijó (45,2) e Tarauacá (25,3) lideraram as estatísticas.

A diversidade de facções criminosas no estado, incluindo além do CV e PCC, o Bonde dos 13, Ifara, Los Quispe-Palamino na fronteira com o Peru e o Clã Dourado na fronteira com a Bolívia, demonstra a complexidade do desafio enfrentado pelas autoridades locais.

Os conflitos entre esses grupos frequentemente resultam em noites de violência nas ruas, muitas vezes coordenadas de dentro dos presídios, conforme indicado pela Secretaria Estadual de Segurança e Justiça, que chegou a instalar um gabinete de crise para lidar com a situação em anos anteriores.

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