Conheça o pickleball, esporte dinâmico que combina elementos do tênis e do pingue-pongue

MANOEL FAÇANHA

Criado nos Estados Unidos da América (EUA) na década de 1960, o pickleball, uma espécie de esporte que reúne aspectos do Pingue Pongue  do Tênis (porém menor 13,41m x 6,10m, metade da medição de uma quadra oficial de tênis), tem se popularizado bastante nos últimos anos na terra do Tio Sam. Por lá, quase 9 milhões de pessoas praticam a modalidade, um crescimento de 159% – crescimento ocorreu bastante na época da pandemia da covid-19.

No Brasil, o esporte surgiu na cidade mineira de Governador Valadares. No ano passado, essa modalidade começou a ser praticada na cidade de Rio Branco-AC. O espaço utilizado é Arena Be Strong Arena, que conta com duas modernas quadras para a prática do esporte.

Pickleball chegou ao Acre incentivado por casal de empresários

O empresário Aldenor Araújo e sua esposa Nazaré são dois grandes incentivadores da prática do pickleball na cidade de Rio Branco-AC. O empresário diz que o esporte serve como uma grande terapia e consegue trabalhar bem as pernas e os braços dos praticantes. Outro aspecto importante, segundo o empresário, é a socialização daqueles que buscam a prática do esporte. “Nosso grupo conta com empresários, representantes comerciais, profissionais liberais, funcionários públicos e aposentados, onde o objetivo de todos é o divertimento, mas não esquecendo a qualidade de vida, através dos exercícios físicos”, pontuou o Aldenor Araújo.

O grupo pickleball de Rio Branco-AC também conta com a presença feminina. O horário das damas ocorre após a saída de quadra dos cavalheiros. Muitas das participantes já apresentam boa qualidade técnica e a tendência é pela evolução cada vez mais através dos treinos.

Neste início de temporada, os praticantes do pickleball têm buscado evolução e um dos objetivos será a realização de torneios internos para se criar uma cultura de competição e, posteriormente, o crescimento da modalidade em nossa cidade.

Esporte serve como terapia e ajuda na qualidade de vida

O representante comercial Francisco Araújo (Neguinho), 60 anos, é um dos integrantes do grupo de pickleball. Segundo ele, a prática esportiva não é somente uma terapia, mas algo que ajuda no aspecto da melhoria do condicionamento físico do praticante. “Estou muito contente em participar desse grupo e ainda de poder a cada treino interagir com os meus amigos e buscar uma melhor qualidade de vida”, diz Francisco.

Outro a falar da modalidade é o empresário Adem Araújo. Segundo ele, a prática dessa modalidade esportiva reúne aspecto terapêutico e uma boa dose de atividade física que ajuda no bem estar físico do praticante. Além disso, o pickleball é um esporte que se pode jogar de forma individual ou coletiva, mas é bastante viciante para quem o pratica”, explicou o empresário.

Conforme dados coletado pela SFIA, a média de idade dos que praticam esse esporte casualmente é de 34,3, enquanto os jogadores mais assíduos têm em média 47,9 anos.

Mistura de tênis e pingue-pongue

Pickleball é frequentemente descrito como uma mistura de tênis e pingue-pongue.

Pode ser jogado individualmente ou em duplas, em ambientes fechados ou ao ar livre, com raquetes, uma bola e uma quadra parecida com a de tênis, porém menor (13,41m x 6,10m).

O objetivo, assim como de outros esportes de raquete, é passar a bola por cima da rede e dificultar para que o adversário não consiga devolvê-la.

Tem suas regras mais específicas em termos de saque e pontuação, mas depois de dois sets (ou três, se houver empate), o vencedor será aquele que abrir uma diferença a seu favor de dois pontos (As partidas geralmente vão até 11 pontos).

Federação Internacional de Pickleball conta com 37 países filiados

A prática do pickleball já está presente em 37 países. O Brasil é um deles. A Associação Brasileira de Pickleball fica em Governador Valadares, em Minas Gerais, que ganhou fama nacional como “exportadora” de brasileiros para os EUA na década de 1980.

Com o sucesso do jogo nos Estados Unidos, eles buscam um objetivo utópico: que se torne um esporte olímpico. No entanto, para ser reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), a modalidade vai precisar de pelo menos 70 países com federações (de pickleball).