Presídio de Sena Madureira reativa projeto de ressocialização e renda com a quebra da castanha

Por Aldejane Pinto

Um cerimonial nas dependências do presídio Evaristo de Moraes, marcou a reativação do projeto “quebra da castanha”, na manhã desta quinta-feira (22). A iniciativa utiliza a mão de obra de presos em troca de remissão da pena e renda familiar.

Trata-se de uma parceria da casa do seringueiro e a direção da unidade prisional, com total apoio da justiça. Nesse primeiro momento, a quebra da castanha ocupa 13 internos aprovados pelo bom comportamento, que utilizam máquinas específicas enviadas pela empresa casa do seringueiro, juntamente com as castanhas.

Em uma sala adaptada para esse fim, eles se concentram no trabalho pela manhã e a tarde, ao final do dia o produto beneficiado é pesado, anotado e encaminhado de volta a sede da empresa, tudo sob monitoramento da polícia penal.

O juiz Fabio Farias destacou a volta do projeto que estava adormecido. “A justiça não apenas pune quem comete algum crime, mas também apresenta alternativas de ressocialização, esse projeto é uma prova disso”, disse.

O diretor da UPEM, Jair Silva, discorreu sobre a iniciativa. “Aqui não trabalha qualquer um preso, os selecionados pelos policiais penais apresentam bom comportamento, estão no bloco da benção e demonstram intenção de sair realmente do crime. Não há faccionado. Agradeço a casa do seringueiro e ao juiz Fábio Farias pela parceria que vai gerar recursos para nossa unidade e, ao mesmo tempo, remissão de pena a eles”, assegura. A lei estabelece um dia remido a cada três trabalhados.

O evento contou com a presença de policiais penais, representantes da casa do seringueiro, defensoria pública, OAB, polícias militar e civil. Na ocasião, duas salas de aula foram inauguradas, com a presença de representantes da secretaria estadual educação.

Ascom