POLÍCIA
Tribunal decide manter absolvição de policiais envolvidos em operação com três mortes
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre rejeitou, nesta semana, o recurso apresentado pelo Ministério Público Estadual que solicitava a anulação do júri popular que absolveu cinco policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). Os militares foram acusados de envolvimento em uma operação realizada no Preventório, em março de 2018, que resultou na morte de três pessoas, incluindo uma criança.
Entre as vítimas está Maria Cauane, de apenas 11 anos, atingida por um fragmento de fuzil enquanto brincava na varanda de sua casa. Também foram mortos Gleiton Silva Borges e Edmilson Fernandes da Silva Sales. Os policiais Josemar Barbosa Farias, Antônio Batista, Alãn Martins, Raimundo de Souza e Wladimir da Costa foram denunciados pelos homicídios, mas acabaram absolvidos pelo Tribunal do Júri.
Durante o julgamento do recurso, o promotor Carlos Pescador fez sustentação oral, alegando que a decisão dos jurados foi contrária às provas constantes nos autos. No entanto, o relator do processo, desembargador Francisco Djalma, votou pela manutenção da decisão, afirmando que o veredito seguiu a tese apresentada pela defesa dos réus.
A desembargadora Denise Castelo Bonfim acompanhou o voto do relator. Já o desembargador Samoel Evangelista pediu vista e deve apresentar seu voto na próxima sessão. Apesar da ausência do terceiro voto, o pedido de anulação foi negado, já que dois dos três magistrados se posicionaram contra a apelação criminal.
Com isso, permanece válida a decisão do júri que absolveu os cinco policiais envolvidos na operação. O caso segue gerando repercussão e dividindo opiniões na sociedade acreana.