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ESPORTE

Vencer, vencer, vencer

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Tricolor que sou, custa-me um sacrifício enorme intitular essa crônica de hoje com uma frase contida no hino do Flamengo. Mas justifico o meu pecado pelo prazer que dá ver os times brasileiros fazendo os europeus dobrarem os joelhos pra quem eles olham com desprezo, antes de cada jogo.

Bilionários, com dinheiro jorrando dos mais diversos lugares, os caras daquele lado do mundo esbanjam arrogância. O nojo com que eles olham para os sul-americanos aparece com a maior nitidez nas telas da televisão. Julgam-se semideuses. No entender deles, o estádio é o seu Olimpo.

Ressalte-se que esse desdém não é de hoje. Os compêndios de história do esporte registram inúmeras passagens de como eles veem os americanos do sul com o maior descaso. Nos Jogos Olímpicos de 1936, na Alemanha nazista, um fato chamou a atenção de quem cobria as provas do atletismo.

É que lado a lado, na pista dos 110 metros com barreira, estavam perfilados os velocistas József Kovacs, representante da Hungria, e Sylvio Padilha, da equipe brasileira. E então, lá pelas tantas, o húngaro resmungou que era uma desonra pra ele competir com um atleta do país dos macacos.

O castigo, entretanto, veio rapidinho, apenas alguns segundos depois de dado o tiro de largada. Era uma etapa classificatória da prova para as finais e Padilha chegou em quarto lugar, passando de fase, enquanto o húngaro biltre ficou em quinto, retirando-se da raia com o rabo entre as pernas.

Mas, voltando ao fio da meada dessas mal traçadas de hoje, foi um prazer enorme ver o Botafogo, atual campeão sul-americano, dar um nó tático no Paris Saint-Germain. O drible do Igor Jesus naquele zagueirão lá deles foi de puro êxtase. E a finalização foi cheia de requintes de crueldade.

Enquanto isso, no dia seguinte, a vitória do Mengão, de virada, sobre o Chelsea, demonstrou que os poucos paus que fazem uma jangada nos mares do sul podem ser mais eficazes do que todo o madeirame gasto pelos corsários ingleses nas suas incursões saqueadoras desde o século XVI.

E o Fluzão, que Deus o conserve na trilha do sucesso, embora não haja vencido na sua estreia, se portou como gente grande pra cima do alemão Borussia Dortmund. Mandou no jogo, fez o goleiro dos chucrutes trabalhar feito um maluco, e só não inaugurou o placar por muito pouco, quase nada.

Por último, devo lembrar que na crônica anterior eu disse que soava como distante utopia um time brasileiro sagrar-se campeão desse torneio de clubes recheados de elencos bilionários, plenos de grandes astros do futebol mundial. A cada vitória, porém, são mais os dólares que viajam para cá!

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