CULTURA & ENTRETENIMENTO
Projeto social bota todo mundo para dançar em praça pública na Via Chico Mendes, região da Corrente
Por Wanglézio Braga / Foto: Wanglézio Braga
Dois passos para lá, dois para cá, quando você percebe já tá no ritmo do forró e em plena praça pública. É neste cenário que encontramos na região da Corrente, em Rio Branco, um grupo de pessoas vindas de vários bairros, que por duas vezes na semana, se juntam para ‘balançar o esqueleto’ ou aprimorar o gingado tendo ainda a oportunidade de praticar artes marciais. Não entendeu? Calma que a gente explica.
Toda segunda e quinta-feira, das 19h às 21hs, os integrantes do “Grupo Junções de Dança” se reúnem sob a coordenação do professor Raimundo Castro, 37 anos, para aprender ou ensaiar os passos do forró estilizado incluindo técnicas de artes marciais ou luta marcial. Toda essa junção ocorre há sete anos, numa participação de quase 150 inscritos no projeto.
“A gente ensaia sempre em lugares diferentes para atender a população local. Dançamos na Cidade do Povo, aqui no bairro Santa Inês, na Vila Acre, Vila Campina, Vila Caquetá, em Plácido de Castro, Senador Guiomard e em outros lugares (…) Nós seguimos, durante as aulas, uma dinâmica. Iniciamos com aquecimento do corpo, conversamos um pouco com os alunos, depois praticamos técnicas de luta marcial e por fim, a dança, explica Castro que é também vice-presidente da Associação de Dança do Estado do Acre.
Os interessados em participar podem colaborar com R$ 5,00 que é revestido na compra da aparelhagem de som e outros equipamentos de ginástica usados nas aulas. O pagamento é obrigatório? O professor explica: “Quem não tiver, não tem problema. As aulas são gratuitas. É só chegar, vir com a roupa adequada, de dança, um tênis ou sapato, e se movimentar. As pessoas que não tem condições a gente ajuda, o grupo se reúne e colabora. A ordem é não ficar parado!”.
Por causa da pandemia do novo coronavírus e visando o respeito pelas normas de biossegurança, é obrigatório durante as aulas o uso de máscaras, do álcool em gel, e fica também proibida a troca de parceiros na hora das aulas. “Àqueles que estão sentindo alguma coisa, um sintoma de covid-19, deve ficar em casa! A maioria das pessoas que estão aqui receberam as doses da vacina, todo mundo já é treinado para respeitar a questão do distanciamento, uso da máscara e gel, então, a gente toma os cuidados necessários”, frisa.
Ao AcreNews Raimundo fala dos benefícios da dança para o nosso corpo. “Na dança a gente ocupa a mente, diminui os riscos de obesidade, do estresse diário, tira as pessoas do mundo do crime, vir pra dança faz com que as pessoas esqueçam as ‘esquinas’, dançar é muito boa para a saúde”, acrescenta.
A jovem Poliana Oliveira, 22 anos, é assistente de RH e há muito tempo participa das aulas do Projeto Junções e outros que são executados na cidade. Para ela, a dança possibilita qualidade de vida. “A dança traz bem estar, o prazer de aprender e ensinar as outras pessoas. Temos uma vida muito corrida, e quando a gente vem pra cá, esquecemos dos problemas. Aqui também colocamos em prática a solidariedade quando ajudamos o próximo a sair da depressão, sair da vida fechada”, exalta.
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