POLÍTICA
Senador insiste em conceder anistia a condenados pelo episódio de 8 de janeiro de 2023 e a Bolsonaro
Por Wanglézio Braga
Um vídeo publicado hoje (26) numa rede social, o senador Márcio Bittar (UB) voltou a defender o “sim”, para conceder anistia aos acusados e condenados por crimes em razão das manifestações ocorridas em Brasília, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.
Bittar é um dos autores da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 70/2023 que engloba a restauração dos direitos políticos dos cidadãos declarados inelegíveis em face de atos relacionados às Eleições de 2022.
A PEC segue na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. No documento, cita que o “objetivo de resguardar esses direitos que apresentamos nesta proposta de emenda à Constituição, a fim de colocar um fim à perseguição que vem sendo perpetrada contra inúmeros cidadãos brasileiros, sejam políticos ou não, por conta de suas opiniões e posicionamentos ideológicos”.
“Cumpre lembrar que, no curso dos chamados “atos de 8 de janeiro”, apenas uma pequena parcela dos manifestantes se envolveu em atos violentos, ao passo que a grande maioria dos cidadãos ali presentes agiram a todo momento de forma pacífica e, mesmo assim, muitos foram presos e processados injustamente”, justificou.
Já no vídeo publicado pela manhã, o parlamentar divulgou trecho de um discurso proferido na visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocorrida na semana passada. Na mídia, Bittar diz que a PEC estendia o benefício a Bolsonaro, que está inelegível para concorrer às eleições. Segundo Bittar, Bolsonaro teria pedido que retirasse o nome dele da PEC caso atrapalhasse o processo.
“Não satisfeito ele manda um áudio dizendo que não queria atrapalhar. Se fosse para atrapalhar que não pusesse o nome dele. Eu gosto de cumprir o que me mandam, mas neste caso eu vou seguir a luta, tratando com o Congresso Nacional para que projetos e emendas possam ser aprovadas. Porque só o povo brasileiro pode dizer se um presidente pode ou não concorrer a uma eleição, e tem que ser nas urnas e não no tapetão”, disse.