EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO Derretimento da pré-candidatura de Marcus Alexandre faz esquerda procurar saída
A esquerda acreana está em pandarecos com a queda da pré-candidatura de Marcus Alexandre a prefeito de Rio Branco a cada pesquisa. Em seis, oito meses ele caiu de folgados 70% para mais ou menos 40%. Está em um empate técnico com Tião Bocalom (PL). Vale registrar o seguinte sobre essa parelha: o velho boca sequer mediu a reação do eleitor riobranquense sobre o apoio de Bolsonaro, que esteve aqui fazendo agendas seguidas com ele debaixo do sovaco. Pior: sussurros de bastidores em relação a uma possível união geral da direita está obrigando os partidos que sustentam Lula no Acre a tomarem algumas decisões para tentar manter Alexandre competitivo até o final. Primeiro ataque, criar um mantra, uma repetição da negação dele sobre sua origem. Marcus não é PT, não é de esquerda, eles estão pulverizando nas redes sociais. O serviço está bem feito. A dúvida é saber se o eleitor vai absorver a cantilena. Marcus Alexandre saiu, sim, do PT, e foi para o MDB, partido super centro esquerda e ainda levou todo o estafe. Para se desfazer desse carma, precisará se livrar de gente demais, inclusive de Jorge Viana. Sobre este ex-senador, os adversários salvaram um vídeo em que, ainda desavisado do constrangimento no qual poderiam se meter hoje, ele diz claramente ser Marcus Alexandre o passaporte do PT e de toda a esquerda para 2026. Um sincericidio.
Aula do mago
Experiente no parlamento, Edvaldo Magalhães (PCdoB) ensinou seus pares de oposição na sessão desta quinta-feira, quando se discutia a situação salarial do pessoal da segurança pública. Mostrou como a oposição pode contribuir, ao invés de tumultuar.
Operação Bocalom
Para quem está acompanhando nos bastidores as operações entre PL, União Brasil e Republicano, a sensação é que a disputa pela prefeitura começou a separar os homens dos meninos. Os arranjos estão sendo feitos com muita responsabilidade e ao final será revelada uma grande novidade, uma surpresa, diga-se de passagem.
Bittar manda?
“Sabe quantas secretarias eu pedi ao Bocalom? Nenhuma! Mas tenho todas, porque entrei em uma aliança cujo trato entre os membros é de muito urbanismo e respeito”. Do senador Márcio Bittar (UB).
Campeões
Neném Almeida e Eber Machado, do MDB, e Elzinha Mendonça, do PP, tendem a ser os vereadores mais votados esse ano. Se aparecerem outros serão zebras.
O Gladson muda
Se decidir colocar o time em campo levando o nome do Alysson Bestene (PP), o governador Gladson Cameli (PP) muda totalmente o rumo da campanha. Ele é fenômeno, o Alysson é bom e tem a máquina. É ingenuidade achar que não.
No aguardo
Antes de manifestar um firme posicionamento em relação ao candidato que apoiará para prefeito de Rio Branco, o senador Alan Rick (UB) aguarda o governador Gladson Cameli. Sinônimo de lealdade.
Malandros perderam
Duas notinhas prosaicas desta quinta-feira, 25, Dia da Malária: a troca do nome da Vade Mecum, a biblia dos operadores do Direito, por Fredy Mercury, produzida no plenário da Aleac pelo deputado Whendy Lima (PP), e a investida de maus elementos usando o nome do vereador Samir Bestene (PP) para pedir dinheiro. Mixaria, inclusive. Quem conhece os Bestene sabe que se tem uma coisa que eles não precisam pedir a ninguém é dinheiro. Os malandros perderam tempo.
Cidade do Povo pra polícia
O experiente policial Civil Leandro Costa fez esses dias, na TV Rio Branco, uma interessante critica a governos do PT. O fato de estes não terem destinado casas na Cidade do Povo para membros da Segurança Pública. “Se tivessem destinado algumas casas para policiais a facção não tinha se instalado no local “, afirmou ao meu colega Antônio Muniz. Assista a entrevista: