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Práticas de ressocialização desenvolvidas pelo Sistema Penitenciário Acreano são apresentadas a grupo de Rondônia
Com o objetivo de conhecer as boas práticas desenvolvidas pelo Sistema Penitenciário Acreano, com foco na ressocialização, o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário de Rondônia (GMF), juntamente com integrantes do GMF do Acre, foram recebidos na sede do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), nesta segunda-feira, 27.
O desembargador José Jorge Ribeiro da Luz, supervisor do GMF; o magistrado Bruno Sérgio de Menezes Darwich, coordenador do GMF; Mayra Magalhães, assessora técnica do GMF; e o consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Martinellis Henrique de Oliveira, foram os representantes da caravana de Rondônia.
O encontro começou com uma reunião, onde foi possível apresentar os trabalhos feitos no Acre pela centrais integradas de Alternativas Penais (Ciaps) de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, Escritório Social (ES) e Unidade de Monitoramento eletrônico (Umep). Em seguida, a caravana conheceu os espaços da sede, onde as atividades voltadas para a ressocialização são desenvolvidas.
Segundo o desembargador José Jorge Ribeiro, o encontro foi muito mais do que troca de experiências. “É um aprendizado. Nós viemos aqui buscar ensinamentos do estado do Acre, e estamos levando e levando muita coisa. O Acre está de parabéns pelo trabalho que faz para a reeducação e para a reinserção dos apenados no meio social. Então, esse trabalho que o Acre está fazendo é um trabalho que todos nós precisamos fazer para a evolução da nossa sociedade”, destacou o desembargador.
Para André Vinício Assis, diretor de Reintegração Social do Iapen, o diálogo entre os estados é muito importante. “Esse feedback de outros estados é ótimo, e tem nos indicado que a gente está no caminho certo”, ressaltou.
O diretor acrescentou, ainda, que os poderes Judiciário, Executivo, e o Iapen têm feito uma parceria muito importante no intuito de ressocializar os privados de liberdade, dando oportunidade a eles, por meio das políticas públicas. “E o resultado tem vindo, com os baixos números de reincidências, bem como a referência dos trabalhos desenvolvidos, o que estamos vendo hoje aqui. Outros estados têm vindo buscar, conhecer para aplicar nos seus estados. Há um tempo veio o Amazonas e hoje Rondônia, e esses resultados que temos obtido só são possíveis devido a um conjunto de pessoas, dentre eles os servidores, a equipe que temos”, frisou.
Para que os frutos deste trabalho pudessem ser vistos, é importante destacar a aproximação da gestão com o Judiciário, no sentido de estabelecimento de pilares, com a união e um diálogo constante no que tange à ressocialização, principalmente por meio dos trabalhos relacionados ao Escritório Social e à Ciap.
Alexandre Nascimento, presidente do Iapen, destacou que a ressocialização é um dos pilares de sua gestão e, por isso, junto aos profissionais do Sistema Penitenciário Acreano, tem trabalhado na construção e aplicações de ações efetivas, e os resultados têm sido perceptíveis e satisfatórios, colocando o Acre em posição de referência no Brasil. “E isso é motivo de orgulho, sentimento de dever cumprido, ao ver que pessoas, que antes não tinham perspectiva alguma de futuro, por estarem cumprindo pena, ou por já terem passado pela cadeia, tiveram oportunidades e hoje conseguem ser devolvidas à sociedade como pessoas melhores. É essa nossa missão”, afirmou.