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Com Estado em situação de emergência, seca severa afeta mais de 800 famílias no Alto Juruá
No Alto Juruá, as comunidades enfrentam uma seca severa, resultado dos chamados eventos extremos – fenômenos climáticos que se tornam cada vez mais intensos e frequentes devido ao aquecimento global. A realidade impiedosa está alterando drasticamente a vida dos moradores da região.
Wewito Piyãko, presidente da Associação Ashaninka do Rio Amônia, usou as redes sociais nesta segunda-feira (17) para expressar profunda preocupação com a escassez de chuvas e as consequências devastadoras desta situação. Ao menos 800 famílias moram na comunidade do rio Amônia.
“Já faz mais de um mês que não chove aqui. O rio já está com a água baixa mesmo, os igarapés estão muito secos, as cacimbas estão normais, mas o poço de água que abastece a aldeia já está faltando água. Algumas plantas já estão murchando as folhas por falta de água e isso não é normal, pois essa época ainda chove por aqui,” relatou Piyãko.
A seca está não apenas comprometendo o abastecimento de água para as comunidades, mas também afetando a agricultura local. Plantas que deveriam estar viçosas começam a murchar, prejudicando a produção de alimentos e a subsistência dos moradores, segundo o líder indigena. A falta de água potável também eleva o risco de doenças e agrava a já precária situação de saúde pública na região.
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