Peças da pré-campanha de Marcus Alexandre não engajam e mostram dificuldades da equipe de comunicação nas redes

Na corrida eleitoral que se avizinha, as estratégias de comunicação digital têm sido um ponto vital para as campanhas políticas, e a pré-campanha de Marcus Alexandre do MDB não está imune a esse desafio. A equipe do pré-candidato vem enfrentando dificuldades para engajar o público através das redes sociais, revelando um cenário complicado na busca por uma conexão efetiva com os eleitores.

Enquanto outros pré-candidatos têm conseguido captar a atenção dos internautas com conteúdos dinâmicos e interativos a exemplo do deputado estadual do Novo, Emerson Jarude, com suas críticas com pitadas de humor nas redes e Bocalom com uma faceta de menos mal-humorado, as peças publicadas em nome de Marcus Alexandre têm recebido pouco engajamento. Análises comparativas apontam que a falta de uma estratégia clara pode estar prejudicando a visibilidade da campanha nas plataformas digitais.

“A comunicação digital é essencial para construir uma imagem positiva e estabelecer diálogo com o eleitorado moderno. Além disso, ele tem a experiência de ter sido um ex-gestor do município. A ausência de capacidade dele e da equipe em pautar o debate tem feito o prefeito Tião Bocalom no comando da máquina colocar a eleição como se fosse um pleito da esquerda [representada por Marcos] contra a direita [de Bocalom] ao invés de debater os problemas da cidade. Além disso, o Marcus está tendo uma oportunidade de recalibrar sua imagem, mas não tem conseguido fazer isso, fazendo com que Bocalom o apresenta como o candidato de Lula e do PT”, comenta um estudante de marketing político.

“Se você for olhar a maioria dos prefeitos com apoio de suas equipes conseguem minimizar os erros de sua gestão devido a criação de conteúdo das coisas positivas da sua gestão. Você pode olhar por exemplo o prefeito Topázio, que apesar de ser velho, tem uma equipe jovem com ideias frescas que acabam conquistando os internautas nas redes. Outro exemplo é o prefeito de Recife, João Campos, que deve ser reeleito no primeiro turno”, acrescentou.

Ainda que Marcus Alexandre tenha um histórico político sólido e propostas bem definidas, o desafio de traduzir isso para uma linguagem que conecte com os eleitores online se mostra cada vez mais evidente. O slogan adotado pela pré-campanha ‘Bora Rio Branco”, mostra até o momento uma falta de sinergia. Além disso, a falta de estrutura durante a campanha mostra que Marcos vai enfrentar uma eleição bem difícil contra as duas principais máquinas representadas por Bocalom e Alysson Bestene, Prefeitura e Governo.

Se não bastasse isso, Marcus ainda terá a candidatura do campo da esquerda representada por Jenilson Leite, que deverá receber apoio de uma ala ideologica da esquerda descontente com a saída de Marcus Alexandre do Partido dos Trabalhadores. Já vimos um pouco disso, com a presença de líderes do PSOL e da REDE prestigiando o lançamento da pré-candidatura de Jenilson pelo PSB à Prefeitura de Rio Branco.