Agostinho alertou que essas mudanças são uma realidade, e que isso vai exigir do país medidas de adaptação, mitigação e monitoramento constantes. “Essa crise, infelizmente, não é a última. Infelizmente as mudanças climáticas vieram e vieram para ficar. Nós teremos que investir muito em adaptação, muito em mitigação. Nós teremos que ter estruturas tanto de monitoramento quanto de ação propriamente ditas”, disse.
O presidente do instituto também destacou que a maioria dos incêndios é provocada pela ação humana. Ele alertou para uma tendência em que as pessoas utilizam o fogo de maneira irresponsável e criminosa, incluindo atos de vandalismo para destruir propriedades públicas e privadas.
Em regiões específicas, como o sul da Amazônia e o Matopiba (formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o fogo é usado como prática para abrir novas áreas para cultivo, o que agrava o problema do desmatamento.
“A gente tinha uma média de 12% a 15% de incêndios em floresta dentro do bioma amazônico e hoje chega a 35%, o que mostra uma tendência de as pessoas preferirem a degradação florestal ao corte raso.”