POLÍTICA
Tentaram colar em Bocalom a imagem de homem escroto com mulher e articulista questiona: Quantos votos se ganha com as mãos na imundície?
Valterlucio Bessa Campelo
A campanha eleitoral em Rio Branco, que vinha se desenvolvendo sem grandes distorções, com cada candidato no seu quadrado e com sua estratégia de captação de votos, repentinamente deu uma guinada no sentido da esculhambação. Distorção dos fatos, manipulação de imagens e lacração barata é o mínimo que se pode dizer da propaganda do PETEMEDEBISTA Marcus Alexandre e sua tigrada, que partiram pra cima do Bocalom tentando, obviamente sem sucesso, ligar sua imagem a uma fantasiosa misoginia. Logo o Bocalom que poderia estar exibindo sua vida particular, que os amigos reconhecem ser de um homem profundamente amante de sua família, filhas e esposa que durante mais de SEIS anos acompanhou em um leito de UTI, sem nenhuma transgressão de ordem moral.
Querem colocar o Bocalom para explicar atos de outrem, ou reagir a um mimimi causado por uma pergunta insistentemente provocativa de uma entrevistadora. É claro que pedir honestidade a essa gente é como limar em ferro frio, mas poderiam ao ser menos hipócritas.
Não faz um mês, um ministro das hostes petistas foi denunciado publicamente, com testemunho da própria ministra ofendida pelo ato obsceno (o ministro tocou-lhe diretamente entre as pernas). Onde estava essa gente, inclusive as militantes defensoras do feminismo de sovaco cabeludo e cabelo azul para gritar contra o Lula que durante seis meses abafou o caso? Não se apresentaram, ficaram pianinho, calaram-se como sempre para os conhecidos atos misóginos do seu presidente, o descondenado que neste instante passa pano para o ditador Maduro da Venezuela. Na campanha passada, quando Marcia Bittar e Mara Rocha foram humilhadas em programas de TV, essa gente também não apareceu.
Não tenho nenhuma procuração, nem interesse, nem sequer conhecimento com o funcionário público em questão que, havendo sido julgado e condenado por assédio, voltou ao serviço público de posse de seus direitos, estando, portanto, apto e obrigado a trabalhar. Se poderia facilmente lembrar aos patrulheiros do gabinete do prefeito a sua própria militância esquerdista em favor de criminosos, do desencarceramento, da reintegração de assaltantes ao mercado de trabalho, da “limpeza” do nome de ex-detentos em entrevistas e até de cota-criminoso. Bastaria isso para demonstrar a hipocrisia, a safadeza daqueles e daquelas que em nome de uma falsa moralidade ultrapassam todos os limites éticos para acossarem politicamente o adversário, como se a este coubesse impor uma nova pena ao funcionário – a de imprestável.
Os que insistem minuto a minuto na propaganda de TV em incriminar o Bocalom esquecem os aplausos que oferecem ao responsável pelo maior escândalo de desvios de toda ordem, julgado e condenado sob a vista de centenas de provas, incrivelmente afastadas pelo compadrio que tomou conta do país, o descondenado, aquele para o qual “mulher de grelo duro” tem que defendê-lo, não se sabe o porquê.
Não bastasse esse atestado de desprezo pela moral das pessoas, essa demonstração de que para ganhar vale tudo, inclusive mentir descaradamente na TV, deram para transformar uma palavra de delicadeza em um “destrato”. Ora, na superexplorada entrevista, o candidato responde “Minha filha, eu não vou mais discutir isso com você. Você está forçando a barra”. Ora, o Bocalom estava, educadamente, tratando a repórter como pai, dizendo que se escusava de continuar discutindo aquele assunto no qual a jovem repórter insistia. Não mais. Qualquer pessoa com dois neurônios funcionais verá naquelas palavras um bom trato e não o contrário como quer fazer ver a perversa propaganda.
Não, meus caros. Tá ficando feio. O veneno destilado, a distorção dos fatos, a tentativa de última hora de fixar no Bocalom uma imagem misógina não para em pé um segundo, procurem outra, isso apenas revela o verdadeiro caráter daquele que se apresenta com o sorrisinho cínico de quem nunca esteve do lado da bandalheira, como se tivesse nascido ontem no MDB. O sujeito não pode em um segundo estar abraçando uma criança e, no minuto seguinte, mentir descaradamente em relação à honra do adversário. É nojento, é indecente, é vil.
Quantos aos aproveitadores, os oportunistas que na busca de fáceis manchetes se danam a grudar em toda matéria identitária, seja por interesse político ou por distúrbio pessoal de alguma espécie que desconheço, lembro que há uma ordem divina nisso tudo, somos responsáveis pelos resultados das ações que deliberadamente tomamos, apor a um homem decente uma imagem falsa e imprópria tem custos que vão além do mundo físico. Tirem as mãos do lixo!
Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no DIÁRIO DO ACRE, no ACRENEWS e em outros sites. Quem desejar adquirir seu livro de contos mais recente “Pronto, Contei!”, pode fazê-lo através do e-mail valbcampelo@gmail.com.