“Adulto faz o que quer, mas não envolvam crianças”, diz Márcio Bittar sobre PL que proíbe crianças em Parada Gay

Em meio aos debates acalorados sobre o projeto de lei que visa restringir a participação de crianças em eventos como a Parada do Orgulho LGBTQIAPN+, em Rio Branco, o senador Márcio Bittar (PL) se posicionou publicamente a favor da medida.

Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta segunda-feira (2), um dia após o evento, Bittar destacou sua preocupação com a exposição de crianças a situações que, segundo ele, não seriam adequadas para a idade.

” Mais uma vez, eu quero deixar claro o que penso sobre isso: cada ser humano, ao chegar à fase adulta, resolver o que quer da sua vida e da sua sexualidade, e ninguém tem nada a ver com isso. O que não dá é para mistura de alhos com bugalhos”, afirmou o senador.

Em Rio Branco, pelo menos 7 mil pessoas participaram da 17ª Parada do Orgulho LGBTQIA, segundo a comissão organizadora.

Bittar enfatizou que crianças em idade escolar não devem ser expostas a ambientes que, na sua visão, possam gerar confusão sobre questões de gênero e sexualidade. “Não dá para que crianças de 7 anos, 8 anos, 9 anos – como é o caso – estejam no mesmo banheiro com um homem que está em transição de gênero, mas que ainda fisicamente é um homem. Não dá para estar no mesmo banheiro que uma menina de 9 anos”, declarou.

Sem citar a Parada LGBT de Rio Branco, o parlamentar mencionou o caso da empresária Andressa Favorito, de Curitiba, que teria mudado de opinião ao observar o impacto das políticas que permitem banheiros compartilhados em escolas. “Essa ideia de banheiros em escolas, onde há meninos e meninas, é equivocada. Os adultos resolvem o que querem da sua vida, e ninguém tem nada a ver com isso, mas precisamos proteger nossas crianças”, defendeu.

O projeto de lei, apresentado por João Marcos Luz, e aprovado na Câmara Municipal, gerou intensos debates. Inclusive, a Justiça do Acre determinou que o vereador João Marcos Luz (PL), autor da proposta, e dois portais de notícias do estado apaguem um vídeo em que o parlamentar aparece convocando a população a fiscalizar o movimento.