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Elias Tavares, o retratista que eternizou as paisagens e pessoas do Juruá nas últimas quatro décadas, é mais um personagem do Eré Hidson
Por Eré Hidson
Filho de Alfredo Leandro de Almeida, Guarda Territorial do Acre, e Maria Tavares de Almeida, costureira e do lar,
Elias Tavares de Almeida nasceu em 22 de maio de 1961, em Cruzeiro do Sul, segunda maior e mais importante cidade do então Território Federal do Acre. Elias Casou-se com Antônia Sandra Silva de Araújo e é pai de Elissandro Silva de Almeida, advogado;
Elisson Silva de Almeida, engenheiro civil; Elverson Silva de Almeida, piloto de avião; Elissandra Silva de Almeida, contadora; Alex Tavares, advogado e funcionário público federal.
Elias começou sua paixão pela fotografia aos 12 anos de idade, quando seu pai comprou o maquinário de um senhor chamado Ramide (Padeiro), que também foi fotógrafo em Cruzeiro do Sul.
Elias entrou de cabeça no negócio da fotografia, alcançando o ápice do profissionalismo. Para se ter uma idéia, prestou serviços para a maioria dos prefeitos de Cruzeiro do Sul, dos anos 1970 até os anos 2000, quando mudou-se para Rio Branco.
Cita os prefeitos Moacir Rodrigues, Chiquito de Freitas, João Soares de Figueiredo (Tota), João Barbosa, Pedro Negreiros, Orleir Messias Cameli, Aluísio Bezerra e César Messias.
Elias, que investiu muito na modernidade da fotografia em Cruzeiro, participou ativamente em várias eleições, fazendo cobertura fotográfica. Cita o Sr Oliveira, sendo um exemplo de amor, bondade e inspiração pra trilhar no ramo da fotografia. Homem fácil de se relacionar com as pessoas e fazer amizades, Elias lembra dos companheiros da fotografia em Cruzeiro.
Fotógrafo Taveira, que chegou a ser vereador em Mancio Lima; fotógrafo Taveira da Banca do mercado; fotógrafo Zé Maria Natureza; fotógrafo Gerson; fotógrafo Vagner Taveira;
fotógrafo Milton, da Várzea;
fotógrafo Mário Jorge;
fotógrafo Goga; e tantos outros amigos que fez nesses anos de ofício.
Pai de cinco filhos, todos com nível superior, o homenageado conta que a maior honra que teve na vida foi poder formar todos os filhos na universidade, com o suor da fotografia. “Hoje são homens e mulheres que também ajudam a nossa sociedade Tenho um sentimento de dever cumprido”, destaca.
Frequentador assíduo do Clube Magide nos anos áureos, Elias sempre lembra de maneira saudosa dos frenquentadores, sobretudo nos bailes de carnavais.
Ainda na juventude, frequentou a Maloca, também de propriedade do Magide Almeida, lugar que ajudou a construir com outros rapazes, juntando tijolos pelo meio das ruas, juntamente com o Magide que tinha um Jeep, naquela época. Também trabalhou como fotógrafo e foi cliente na Saudosa Maloca. Lembra de maneira muito saudosa do Magide, de quem era muito amigo, inclusive de pescaria e na vida cotidiana.
Lembra ainda do acidente aéreo de um avião monomotor, na área da Maloca, que vitimou um dos irmãos do Magide.
Lembra ainda dos irmãos de seu grande amigo, entre eles Saidinho Almeida, “o Rei da Picanha”;
Niazi Almeida; e
Asmet Almeida, os três in memorian, todos de relacionamento pessoal.
Cita outros amigos, entre os quais o empresários Zinho Santos, um próspero comerciante, in memorian;
Pedro Viga Cameli, empresário;
Joãozinho Melo, empresário, in memorian, morto no trágico acidente da Rico Linhas Aéreas, em agosto de 2002, que dá nome ao mercado central de Cruzeiro do Sul; Sérgio Melo, empresário; Dedé Santos, empresário, in memorian;
Elias Barbary, empresário, que foi delegado em Porto Walter, in memorian.
Tendo feito a produção fotográfica para o livro produzido pela então primeira-dama Beatriz Barroso Cameli, na época do governador Orleir Messias Cameli, Elias também participou ativamente das campanhas de governador, desde a época de Nabor Teles da Rocha Junior até Orleir Messias Cameli.
Passagem interessante que a política aproximou Elias Tavares de Almeida, foi trabalhar com o então deputado estadual de Cruzeiro do Sul, Geraldo Maia, ocasião em que conheceu a sua então futura esposa, que também trabalhava com o parlamentar. “O Geraldo Maia foi um grande homem, grande amigo meu”, crava.
Teve convivência e amizade e prestou serviços aos bispos Dom Luiz (Alemão),
Dom Henrique (Alemão),
Dom Mosé (Brasileiro), e foi aluno de Dom José Ascher (Francês), no Instituto Santa Teresinha.
Lembra ainda do Padre Carlos, que também foi amante da fotografia em Cruzeiro, e também lhe incentivou nesse negócio.
Morando há aproximadamente 18 anos em Rio Branco, o sentimento por Cruzeiro do Sul é de muito amor. Sua saída tem um motivo muito particular, segundo revela: “A morte do neu irmão Abraão. Não conseguia mais ficar na cidade, pois é uma barra grande, ter que enfrentar a dor e a saudade do amor que sente até nos dias de hoje”.
Lembra da atuação parlamentar de Railda Pereira, como uma grande mulher, que foi a primeira prefeita mulher do Acre, em Mancio Lima; Deputada estadual Maria das Vitórias, outra grande mulher, que foi secretária de Ação Social, tendo prestado relevantes serviços sociais.
Destaca o prefeito Luiz Helosman, de Mancio Lima, sua esposa, Angela Valente, de quem Elias foi aluno.
Também teve amizade com o prefeito João Tota, para quem também prestou serviços fotográficos.
Destaca ainda os Desembargadores Pedro Ranzi, que foi prefeito de Cruzeiro do Sul, e outro desembargador, o também Cruzeirense Arquelau de Castro Melo, que ajudou Elias numa exposição fotográfica em Rio Branco, logo que mudou-se para capital acreana.