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No governo da vingança de Lula, galeria de ex-ministros da Fazenda exclui foto de Paulo Guedes
Uma ausência notável chamou a atenção na tradicional galeria de ex-ministros da Fazenda, localizada na sala do Conselho Monetário Nacional (CMN), no 6º andar do prédio da Fazenda, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A galeria, que reúne os retratos dos antigos ocupantes do cargo, não inclui Paulo Guedes, que comandou um superministério da Economia durante o governo Jair Bolsonaro (PL), informa a Folha de S. Paulo.
Guedes esteve à frente do Ministério da Economia entre 2019 e 2022, acumulando sob sua gestão diversas pastas, incluindo Fazenda, Planejamento e Orçamento, Indústria, Trabalho e Previdência. Durante esse período, a secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) também foi incorporada ao ministério. No entanto, em 2021, Bolsonaro desmembrou parte da estrutura, recriando o Ministério do Trabalho e Previdência.
A galeria de retratos termina com Eduardo Guardia, que assumiu o Ministério da Fazenda em 2018, após Henrique Meirelles deixar o cargo para disputar a presidência. Guardia, que faleceu em 2022, foi o último a ocupar a pasta antes da fusão que deu origem ao superministério de Guedes.
No governo Lula (PT), a estrutura do Ministério da Economia foi novamente desmembrada, resultando na recriação das pastas da Fazenda, Planejamento, e Indústria, além da criação do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, atualmente sob o comando de Esther Dweck.
Significado histórico da sala do CMN
A sala do CMN, onde fica a galeria, é um espaço emblemático para a política econômica brasileira. É nesse local que ocorrem reuniões ampliadas do Ministério da Fazenda, nas quais decisões cruciais para a economia do país foram tomadas ao longo das décadas. O acesso à sala é restrito, reservado a servidores e autoridades.
Na última sexta-feira (20), o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, organizou no espaço um encontro com jornalistas especializados para um café de fim de ano. Durante a ocasião, Haddad respondeu a perguntas sobre a agenda econômica e discutiu os avanços e desafios enfrentados em sua gestão.
Apesar de questionamentos, o Ministério da Fazenda não forneceu explicações sobre a ausência de Paulo Guedes na galeria.