ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Apesar das ações do governo, maior parte do desmate no Acre não tem autorização
Dos 409 quilômetros quadrados desmatados no Acre entre agosto de 2023 e julho de 2024, apenas 8,90 km2 são legais. O restante, 400 km2, foram realizados sem acompanhamento oficial, o que mostra que apesar das políticas governamentais persistem as ações não autorizadas.
Os dados são do Instituto Centro de Vida (ICV) e foram divulgados no fim da segunda semana de fevereiro. O ICV mostra ainda que a ilegalidade atingiu dois terços do desmatamento registrados na Amazônia e no Cerrado, quando as taxas dos dois biomas são somadas.
O levantamento considerou o desmate ocorrido entre agosto de 2023 e julho de 2024 – período chamado de calendário do desmatamento. Neste intervalo de tempo, 90,8% da destruição florestal ocorrida na Amazônia não possuía autorização. Já no Cerrado, a taxa foi de 51,1%. Somadas, a supressão de vegetação nativa realizada de forma não autorizada nos dois biomas foi de 67,5%.
O levantamento foi feito com base nos dados de monitoramento do PRODES, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e nas informações sobre autorizações de desmatamento do sistema nacional Sinaflor e de bases estaduais.
Segundo o ICV, os dados indicam para a necessidade de fortalecimento de um sistema único de autorizações de desmatamento, para que o controle seja mais efetivo.
Dos 16 estados inseridos na Amazônia e Cerrado, apenas oito utilizam seus sistemas estaduais de forma conjunta com o Sinaflor federal. São eles: Amazonas, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais, Goiás e São Paulo.