ESPORTE
Idas e vindas
Fui ao Acre na semana passada. Subi num avião às seis da manhã no Rio de Janeiro e algumas horas depois cheguei ao lugar das minhas origens. Fazia três anos que eu não aparecia por lá. E a saudade já estava batendo forte. É como se diz por aí: a gente sai do Acre, mas o Acre não sai da gente.
Foi uma visita rapidíssima. Mais ou menos 48 horas. Um verdadeiro bate e volta. Fui somente para a festa de premiação dos melhores do campeonato acreano de 2025 e para o lançamento da Revista alusiva às competições promovidas pela Federação de Futebol do Acre em 2024.
Ainda assim, apesar do pouco tempo no solo do estado, deu para bater umas pernas pelo centro da cidade, fazer uma dúzia de fotografias e comer um tanto de saltenhas, outro de “quebes de arroz”, mais outro tanto de “quebes” de macaxeira. Iguarias que a gente só encontra mesmo por lá.
Mas nesse ponto, no que diz respeito à gastronomia regional, o que me deu mais prazer comer foi o tambaqui “king” servido no restaurante que funciona nas dependências do Círculo Militar. Manjar dos deuses. Gostei tanto que voltei no dia seguinte para comer outra vez. Sabor incomparável!
Quanto à festa, que eu só pude ir graças ao convite do presidente Toniquim Aquino, eu diria que foi um momento ímpar. Muita gente ganhando o seu troféu de melhor isso e aquilo. E muita gente também se vendo retratada nas páginas da revista. Sorrisos e emoção a perder de vista.
No meu caso, eu pude rever amigos que há muito tempo não via. O espaço aqui seria pequeno para enumerar todos eles. Mas devo garantir que os parcos minutos de prosa com cada um deles me trouxeram uma infinidade de lembranças que estavam guardadas em algum escaninho do meu coração.
Foi quase tudo perfeito nessa minha ida ao Acre. Até o voo pra lá e pra cá ocorreu num lindo céu de brigadeiro. Dez mil pés como se estivéssemos voando sobre um tapete de nuvens. Digo que “foi quase tudo perfeito” porque por algumas horas eu não assisti a final do campeonato.
Ainda tentei remarcar a minha passagem, mas o preço novo era tão alto que não valeria à pena. A diferença de tarifa entre um horário e outro beirava o absurdo. Por alguns instantes desejei ter nascido numa família daqueles caras que montam camelos e exploram petróleo no Golfo Pérsico.
Sobre as historinhas que eu ouvi nas diversas rodas de conversas, eu prometo que as contarei gradualmente. Tem uma sensacional, cujo personagem é o ex-lateral e agora doutor advogado Joraí Salim. Prometo que direi tudinho no momento certo. Sem tirar nem pôr, que eu não invento nada!