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Tragédia do incêndio que devastou Aleac em 1992 teve um heroi: Carlos Batista, o cabo que chegou a Coronel e comandante
Em 30 de abril de 1992, um evento marcou a história do Acre: um incêndio de grandes proporções consumiu parte significativa do prédio da Assembleia Legislativa. As chamas, que se alastraram rapidamente, danificaram a estrutura física do edifício, um importante símbolo do poder legislativo estadual.
Naquele dia, a rotina da capital Rio Branco foi bruscamente interrompida pela notícia do sinistro. O fogo causou apreensão e mobilizou equipes de bombeiros e a comunidade local. A fumaça densa podia ser vista de diversos pontos da cidade, enquanto as autoridades buscavam controlar as chamas e avaliar os estragos.
Em meio à tragédia, um jovem de 20 anos de idade, o soldado bombeiro Carlos Batista, teve um papel heroico no incêndio da Assembleia Legislativa do Acre naquele fatídico 30 de abril.
Na época, mesmo sem os equipamentos adequados, o então soldado Carlos Batista, junto com o cabo Almeida, escalou as paredes do prédio em chamas para salvar pessoas que estavam presas no interior e no telhado. Graças à atuação deles, não houve nenhuma vítima fatal.
Por este ato de bravura, o Coronel Batista foi homenageado com a medalha oficial Ordem da Estrela do Acre, entregue pelo governador Romildo Magalhães. “Mas não fui herói sozinho”, disse Batista, em entrevistas aos veículos de comunicação do Acre, fazendo referência ao trabalho coletivo do CB.
Em 2019, durante uma simulação de resgate e salvamento na Assembleia Legislativa, o Coronel Carlos Batista, então Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, relembrou o incêndio de 1992 e a precariedade dos equipamentos na época, ressaltando os avanços que a corporação alcançou desde então.
Batista e Almeida, hoje na reserva, salvaram três pessoas: um casal de assessores da Aleac e a servidora Maria José – e utilizando somente equipamentos improvisados.
Após o incêndio, as atividades legislativas precisaram ser realocadas temporariamente para a sede da Fundação Cultural do Acre. Esse período exigiu adaptação e resiliência por parte dos deputados e servidores, que continuaram seus trabalhos em um novo espaço, enquanto se planejava a recuperação do prédio original.
A reconstrução da Assembleia Legislativa foi um processo que demandou tempo e recursos. A restauração buscou preservar a memória do local, ao mesmo tempo em que modernizava suas instalações. Anos depois, em 26 de novembro de 2008, o prédio totalmente reconstruído foi reinaugurado, simbolizando a superação daquele momento crítico e a continuidade dos trabalhos do parlamento acreano. O incêndio de 1992 ficou na memória como um desafio superado e um marco na história da instituição.