GERAL
Antônia Lúcia conta sua versão sobre processo que culminou com sua condenação no Acre: “Não tem procedência”
A deputada federal Antônia Lúcia (Republicanos), condenada por improbidade administrativa e a perda do cargo na semana passada pela 2ª Vara Federal Cível e Criminal, no Acre, estava em silêncio desde a publicação do processo. Nesta terça-feira, 13, ela decidiu contar sua versão de uma história que começa, segundo ela, há 15 anos, e envolve uma irmã adotiva e o cunhado, o nome dos quais ela não cita.
A decisão da Justiça ainda cabe recursos e ela disse ao AcreNews acreditar no resultado final em seu favor, em função dos esclarecimentos que vêm sendo feitos. Conforme a decisão, a deputada deve devolver aos cofres públicos mais de R$ 138 mil, além de ter os direitos políticos suspensos por 10 anos. À reportagem do AcreNews ela teve o carinho de escrever de próprio punho a história que culminou com o processo e seu desfecho nas instâncias inferiores.
Segundo a parlamentar, “esse problema já tem mais de 15 anos. Trata-se de uma irmã adotada pelo meu pai (o delegado de polícia Lucimar Lucena Ramos). Ela icou muitos anos, mais de 20 anos, separada da minha família, porque procurou outro destino, depois retornou me pedindo emprego. Eu dei e mais tarde ela conseguiu um namorado, e ele foi trabalhar comigo. Trabalhou muito bem, obrigado, perfeito, um excelente funcionário até o dia que ele tirou o carro da minha garagem de madrugada. Eu vi pelas câmaras, então demiti ele sumariamente. Depois ele apareceu dizendo que até essa moça seria demitida por mim também que ele fizesse isso”, conta ela.
A deputada afirma que o casal alegou que a demissão dela seria conveniente porque eles iriam abrir uma igreja no bairro São Francisco. “Aí alguém financiou uma igreja e eles dois foram ser membros dirigentes de uma igreja com um pastor que eu não sei quem é. Em seguida, esse mesmo cidadão apareceu num programa de televisão como apresentador, colocado por um político, mas esse programa não durou um mês. Só que nesse intervalo ele fez um depoimento contra mim, depois eles perderam tudo, o aluguel do da igreja, absolutamente tudo e eu fiquei com esse problema que já tem 15 anos para ser resolvido, mas como não é verdade, não tem procedência, não tô nem um pouco preocupada”, finalizou a deputada.
Apesar de não ter citado nomes, o espaço está aberto se alguém se sentiu prejudicado com a história contada pela deputada.