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Artigo do ex-vereador e atual secretário da Sasdh, João Marcos Luz, sobre o Centro Pop: “E se fosse Jesus?”

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Por João Marcos Luz

Muitos cristãos protestam contra a mudança do Centro Pop, porque alguns moradores rejeitam ter que ver pessoas em situação de rua perambulando pelo bairro. O maior “temor” é a desvalorização do bairro, o aumento de ocorrências ligadas à violência, como furtos e até o uso de drogas.

Eu pergunto a todos: e se ali, entre todos aqueles mendigos, estivesse Deus em pessoa? Se Jesus nos testasse, pedindo que aceitássemos os mais vulneráveis para ajudá-los? E se você o renegasse, assim como, no calvário, o Messias foi renegado?

Posso parecer apelativo, mas o argumento está na Bíblia, em Mateus 25:35-45:
“Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram. […] Digo a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram.”

Talvez esse seja o maior teste da sociedade, em pleno século XXI: levar o bem a todos, ser tolerante, acolher e perdoar. Ajudar nossos irmãos caídos pode ser um grande desafio de superação para nossas almas. Não se trata apenas de buscar a salvação para si, mas de lutar pelo bem dos outros, que pode ser a maior redenção.

É óbvio que o poder público tem responsabilidade em oferecer apoio, mas a mobilização da sociedade representa um grande amparo e um enorme alimento para a esperança daqueles que não têm um ombro amigo ou parentes.

Não se trata apenas de um discurso religioso, mas de um argumento necessário neste mundo atual, em que o adversário é odiado, com tantas mortes, vícios e incentivos à maldade. A prática da bondade trará reflexos para a vida de todos, mas é preciso apoio coletivo.

A reflexão é importante para que possamos repensar o futuro das próximas gerações. Estar em situação de rua é uma vulnerabilidade que pode atingir qualquer pessoa ou parente, e o Centro Pop, em sua organização, não serve para aglomerar pessoas, pois é apenas um “escritório” que encaminha os casos para os órgãos públicos ou para a Casa de Acolhida Dona Elza, que está em obras para ampliação.

O serviço do futuro prédio será melhorado, sem pessoas perambulando pelas ruas — diferente do que se vê atualmente, com um prédio condenado e um trabalho que não oferece, em sua plenitude, o resgate daqueles que mais precisam.

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