POLÍTICA
Líder do Governo na Aleac, Manoel Moraes critica embargos e defende diálogo com servidores da Saúde
Durante sessão desta terça-feira (27), o deputado e líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Manoel Moraes (Progressistas), reforçou o compromisso da gestão estadual com o diálogo e a valorização dos servidores da saúde, ao mesmo tempo em que fez duras críticas aos embargos aplicados por órgãos federais em propriedades rurais no estado.
A fala do parlamentar começou com agradecimentos aos profissionais da saúde, cuja atuação nos últimos anos foi classificada como “exemplar”. Manoel Moraes defendeu a continuidade do diálogo entre governo e servidores como caminho legítimo para a construção do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria. “O diálogo sempre é o melhor caminho na democracia. O governo está disposto a ouvir e fazer o que é possível. A greve é sempre a última opção, e as portas do governo nunca estiveram fechadas”, afirmou.
Ao tratar da crise enfrentada pelos produtores rurais, o progressista adotou tom contundente ao denunciar o que classificou como abusos cometidos por autoridades federais. “Eles estão tomando atitudes como se só tivesse índio no Acre. Estão embargando propriedades inteiras, quando a lei deveria considerar apenas as áreas efetivamente desmatadas”, criticou.
Segundo o deputado, centenas de propriedades foram atingidas por embargos injustificados em regiões como Feijó e na Transacreana. Ele também ressaltou que a Assembleia Legislativa já tomou medidas legislativas para enfrentar o problema. “Aprovamos uma lei que será promulgada em junho, e se não houver contestação no Supremo Tribunal Federal, vamos avançar. Mas independente disso, vamos buscar soluções também junto ao Governo Federal”, garantiu.
O líder do governo destacou que o Acre não aceitará imposições unilaterais e que os produtores precisam de respeito e segurança jurídica. “O Estado do Acre não é do Governo Federal. Não vamos aceitar, em nenhuma hipótese, o que está acontecendo com nossos produtores. Isso é uma falta de respeito com o nosso povo”, disparou.
Ao encerrar sua fala, Manoel Moraes foi ainda mais enfático: “Se continuar assim, vamos ter que voltar ao tempo de Galvez, nos tornar independentes, e mandar esse pessoal tudo para o inferno e mais adiante, de Ibama, ICMBio e tudo mais”, finalizou.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
Foto: Sérgio Vale