POLÍTICA
Aderido a internet, vídeos de Márcio Bittar que mostram abusos contra os povos da Amazônia superam 35 milhões de visualizações em um mês
As denúncias sobre os impactos da política ambiental do governo federal na Amazônia ganharam ampla repercussão nas redes sociais ao longo do mês de junho. Vídeos publicados pelo senador Márcio Bittar (União-AC) ultrapassaram a marca de 35 milhões de visualizações apenas neste período, tornando-se um dos principais vetores de visibilidade sobre a situação enfrentada por produtores rurais no Acre.
O conteúdo foca nos desdobramentos da Operação Suçuarana, deflagrada neste mês na Reserva Extrativista Chico Mendes, onde agentes do ICMBio, com apoio da Força Nacional e da Polícia Federal, realizaram apreensões de gado e prisões de moradores locais. A ação provocou forte reação nas comunidades atingidas, que relataram perdas materiais, constrangimentos e a sensação de abandono por parte do Estado.
Bittar visitou pessoalmente a região, ouviu relatos de famílias afetadas e registrou os acontecimentos em vídeos divulgados em suas redes sociais. Em uma das gravações, realizou uma videochamada com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que conversou com moradores e manifestou apoio às vítimas. O próprio Bolsonaro também compartilhou os vídeos, o que contribuiu para ampliar o alcance e a repercussão das denúncias.
As publicações viralizaram com títulos como:
“Amazônia refém de ONGs esquerdistas”
“Senador denuncia maior destruição ambiental da história”
“Globo esconde a verdade sobre a Amazônia”
“Lula mente em Paris sobre o que acontece no Brasil”
Além das críticas à condução das operações, o senador tem feito denúncias contundentes contra a atuação da esquerda e de organizações não governamentais na região amazônica. Segundo Bittar, lideranças políticas sobem em palanques e posam como defensores do meio ambiente, enquanto excluem completamente o ser humano da equação.
De acordo com o senador, enquanto ONGs recebem vultosos repasses internacionais, as populações locais vivem sem asfalto, sem estradas, sem saneamento básico e sem acesso mínimo à saúde e educação. Em alguns casos, vídeos que circulam na internet mostram crianças se alimentando de ratos para sobreviver, estudantes caminhando quilômetros para chegar até uma escola e famílias inteiras sem qualquer atendimento médico.
Em pronunciamentos públicos, Bittar também tem criticado o que classifica como “ambientalismo radical”, afirmando que decisões vêm sendo tomadas em Brasília sem diálogo com quem vive na região.
“No meu estado, quase metade do território está sob algum tipo de restrição ambiental ou indígena. São centenas de milhares de pessoas impedidas de trabalhar, plantar e produzir”, declarou.
As denúncias destacam a distância entre o discurso ambiental adotado pelo governo em fóruns internacionais e a realidade enfrentada por moradores da Amazônia. A repercussão digital indica que o tema tem mobilizado amplos setores da sociedade, especialmente diante do silêncio da grande imprensa e da ausência de cobertura sobre os conflitos em curso.Com forte engajamento nas plataformas, a atuação do senador tem ajudado a trazer visibilidade a questões pouco abordadas no debate nacional, especialmente no que diz respeito à situação social e econômica das populações amazônicas impactadas por medidas restritivas de uso da terra.
Por Extra do Acre