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EVANDRO CORDEIRO

“Isso é uma bobagem, narrativa que o pessoal do Bocalom construiu”, diz Marcus Alexandre, novo presidente do MDB, ao rebater pecha de petista enrustido

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O ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, assumiu essa semana a presidência do MDB de Rio Branco. Foi aclamado. O cargo é muito prestígio pela história do partido, embora no momento esteja desbotado em função de um longo jejum de protagonismo, e tem para ele diversos significados, um deles a possibilidade de se livrar de um fardo que o distanciou do eleitorado de Rio Branco na última eleição, o de ainda ser um petistas enrustido. Ele diz, lacônico, se tratar de uma narrativa criada por seus adversários na última eleição e trata o assunto como uma mera bobagem. Em entrevista à coluna, Marcus discorre sobre outros assuntos os quais considera muito mais importante, como o andamento das conversas com outras siglas para possíveis alianças em 2026. O MDB dialoga com Alan Rick (UB), cuja candidatura a governador não teria mais volta, aguarda novo encontro com Mailza. O novo dirigente do glorioso também admite que seu novo partido tem a humildade de reconhecer que não está querendo janela, mas pleiteia está na boleia.
Veja a seguir nossa conversa:

AcreNews: Você acha que ao assumir a presidência do MDB essa semana, aquela pecha de azul por fora e vermelho por dentro se esvazia de vez, se dissolve, vira uma coisa pueril? Marcus Alexandre não tem mais nem a sombra do PT, um fardo que lhe constrangeu sobretudo na última eleição?

Marcus Alexandre: Isso é uma bobagem, uma narrativa que o pessoal do Bocalom colocou na eleição do ano passado. Eu não me preocupo com isso porque as pessoas me conhecem, sabem que eu sempre fui uma pessoa sincera, correta e verdadeira. Agora, essa pergunta é bom fazê-la ao pessoal do MDB, os nossos amigos MDBistas. Eu estou lá todos os dias, construindo, ajudando o partido. Quando me filiei, eu fui para ajudar o partido, através do convite do Flaviano, Wagner Salles, Aldemir Lopes, João Correia. Então, eu me sinto muito honrado com essa missão de ser o presidente municipal do MDB, nesse momento da sua história, e vou dar a minha contribuição. É a primeira vez em toda a minha vida pública que eu assumo uma função na direção partidária e faço isso com muito orgulho.

AcreNews: Você assume a municipal da sigla e a eleição em 2026 é estadual, ainda assim você terá papel importante na formação da chapa. Qual é a configuração que mais te atrai? Uma aliança com Alan Rick ou com Mailza?

Marcus Alexandre: Como tem sido colocado pelo nosso presidente, o MDB ainda não fechou questão. Ele vai ouvir todos os pré-candidatos ao governo, até tomar a sua decisão. Inclusive, decisão essa que vai ser submetida, conforme o Vagner Sales colocou, o nosso presidente, no conselho político estadual, é, envolvendo dirigentes de todos os municípios do nosso Acre, político, é, vereadores, deputados. Então, o MDB ainda não tomou a decisão e vai manter o diálogo com os pré-candidatos até a decisão que será tomada, é, nesse grande, nessa grande convenção, nesse conselho político estadual.

AcreNews: Você está decidido a recomeçar a carreira por uma cadeira na Assembleia Legislativa?

A primeira decisão que tomamos é de não ser candidato majoritário. Acho que a gente tem que ter os pés no chão e saber o nosso momento. E eu tenho humildade para isso. Nós vamos sim ser candidato a deputado. Agora, se será estadual ou federal, essa é uma decisão que eu vou tomar ao longo dos próximos meses. Entendo que, com a minha experiência, tenho muito a contribuir no parlamento, seja estadual ou federal. Já fui prefeito duas vezes, já fui secretário de estado, já fui diretor-geral do DERACRE. Então, conheço tanto a máquina pública estadual como municipal. Então, sei que posso contribuir muito e vou pôr o meu nome à disposição do povo do ACR para deputado. Estadual ou federal, essa decisão vamos tomar ao longo dos próximos meses.

AcreNews: O MDB tem uma predileção pela esquerda, isso é histórico no Brasil e no Acre. Caso não haja um consenso sobre Alan Rick, Mailza ou até mesmo Bocalom, o partido caminharia com um candidato da esquerda, que planeja se aventurar com uma candidatura a governador com o vereador André Kamai?

Marcus Alexandre: Primeiro, Evandro, me permita discordar da sua afirmativa, porque o MDB sempre foi o partido que esteve do outro lado, né? O MDB foi oposição à frente popular nos 20 anos que a frente popular governou. Eu lembro muito bem dos embates que ocorreram, então o MDB no Acre não tem essa posição como você coloca na pergunta. O que o MDB se coloca é um partido de centro que dialoga com todas as correntes partidárias. Não é um partido de extremos, é um partido de centro, é assim no Acre e assim no Brasil. O MDB vai dialogar com as candidaturas, a candidatura do Senador Alan Rick e a pré-candidatura da vice-governadora Mailza, que até agora são as que estão colocadas. Eu vejo que essas duas candidaturas são aquelas que o MDB está dialogando nesse momento. E depois que conversar, entender qual é o projeto, qual a participação do MDB, vai ser submetido ao Conselho Político Estadual, uma decisão de apoio que vai ser nas eleições de 2026. Um partido do tamanho do MDB, com seu legado, com a sua história, é um partido sempre protagonista das eleições. Então eu entendo que o MDB tem de estar na chapa majoritária, seja numa composição de vice, seja tendo candidato caso haja afiliação, por exemplo, como já foi colocado, ou então com candidatura ao Senado, como a gente tem vista a manifestação da nossa grande amiga e grande liderança do Juruá e de todo Acre, a ex-deputada Jéssica Sales. Thank you.

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