Gladson não assina nota que desmente tese de Bolsonaro sobre aumento do imposto sobre combustíveis

Por Wanglézio Braga / Foto: Reprodução

As manifestações do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) sobre as causas do aumento dos combustíveis no Brasil e sua afirmação de associar elevação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado no âmbito estadual e aplicado no valor dos produtos, teve reação neste domingo (19) por parte dos executivos de 20 unidades da federação. Eles assinaram, em conjunto, uma nota revelando insatisfação com a postura do chefe da nação.

Ao longo dos últimos meses, com o aumento do preço do combustível e com a pressão de setores como o dos caminhoneiros, Bolsonaro tem colocado na conta dos governadores a responsabilidade do aumento dos combustíveis. Ele também vem incentivando os seus seguidores e eleitores que pressionem os executivos dos estados para resolver a questão.

Neste domingo, sem citar diretamente o nome de Bolsonaro, vinte governadores e em quatro linhas escritas, resumiram a informação que a questão do aumento do litro do combustível no país é um problema nacional.

“Nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período. Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa”, diz a nota.

O documento foi assinado pelos seguintes governadores: Helder Barbalho (PA), Paulo Câmara (PE), João Doria (PS), Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes (MT), Eduardo Leite (RS), Wellington Dias (PI), Fátima Bezerra (RN), Renan Filho (AL), Belivaldo Chagas (SE), Reinaldo Azambuja (MS), IBaneis Rocha (DF), Waldez Góes (AP), Flávio Dino (MA), Rui Costa (BA), Camilo Santa (CE), João Azevêdo (PB), Renato Casagrande (ES) e Cláudio Castro (RJ).

O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), não assinou o documento, bem como o governador de Rondônia, Marcos Rocha (Sem partido).