COLUNA DO CORDEIRO Granjeiro, um dos fundadores do PT no Acre, ficou fulo com a ausência de militantes na vinda de Lula

Conheço o Chico Granjeiro, um dos fundadores do PT no Acre, desde a minha infância, na região do Barro Vermelho e Piçarreira. Um cara top. Nascido de família humilde, vive frugalmente, mesmo com seu partido do coração, que ajudou a fundar, tendo ficado duas décadas no poder aqui no Acre com Jorge e Tião Viana, e no Brasil com Lula e Dilma, num espaço de tempo equivalente. Granjeiro engraxa seus conceitos de esquerda esse tempo todo, preservando-os ante as seduções do poder e do próprio tempo. Segue usando a camisa vermelha e na vinda do Lula ao Acre se trajou a rigor. Queria encontrar seu ídolo a caráter. Chegou cedo, para seguir o rito da atribulada agenda presidencial. Apesar do dia histórico, parecia visivelmente incomodado. Bastou um jornalista e uma câmara pra ele revelar seu incômodo. Sua indignação era com a ausência de militantes. No entender dele, o Acre e a esquerda devem a Lula uma conta impagável, dívida só amenizada com gestos. Ir ao encontro dele, aplaudir, seria o caso. Foi ninguém. No evento de Lula tinha uma plateia minguada quando se fala em militância. Maioria dos presentes se parecia com pessoas que vão por livre e espontânea pressão do patrão. O Granjeiro ficou moribundo, talvez pelo saudosismo. Com exceção do Hélio Pimenta, in memorian, do time de militantes originais só compareceu ele, a Chica Marinheiro e o Nilson Mourão.

Com todo o respeito, Granjeiro, só hay militância quando hay gobierno, companheiro!

Bittar ofendido

“Não fui convidado e se tivesse sido, tinha me sentido ofendido”. Do senador Márcio Bittar (UB) sobre evento de Lula no Acre.

Só ódio

Segundo Márcio Bittar, Lula veio ao Acre apenas para ofender um dos maiores líderes do Brasil, que desde seu surgimento vem sendo depenado pelo sistema corrupto brasileiro.

Pedro Longo no ninho

O deputado estadual Pedro Longo (PSDB) pavimenta com uma base muito sólida sua candidatura a deputado federal. Estará na forte chapa tucana, com concorrentes competitivos, propenso a sair vitorioso do processo eleitoral em 2026.

Revelação

Empresário do ramo de festas, o vereador Leôncio Castro (PSDB) surpreendeu até alguns próprios colegas. Está se apresentando como uma espécie de revelação da legislatura. Está nas principais agendas todos os dias.

Polarização

Parte da imprensa daqui dizia que Bolsonaro não influenciaria nas eleições, que a polarização não teria papel importante. Foi um erro. Pelo visto segue o baile. 2026 vai ser Lula e Bolsonaro ainda no centro dos atritos ideológicos.

Fez o certo

Ninguém tem coragem de criticar o governador Gladson Cameli (PP) pela forma como recebeu Lula no Acre. Mesmo porque aquilo é o estilo dele toda vida. Gladson não tem inimigos a partir de si.

Medo da reação

Dizem que aconselhar o senador Sérgio Petecão (PSD) a disputar pra federal, afim de evitar uma derrota na disputa pelo Senado pode ser perigoso. Ele não enxergaria essa possibilidade.

O homem da pesca

Delegado da Pesca no Acre, o Paulo Ximenes, ligado ao Petecão, é um nome para ser cravada em qualquer lista de candidaturas competitivas para deputado estadual em 2026.

Lula piorou as coisas

O senador Petecão vinha sendo malhado nas redes sociais pelo seu comportamento anti-pautas da direita no Congresso Nacional aí o presidente Lula tratou de piorar as coisas pra ele, ao pedir no microfone, diante de uma plateia pequena, mas critica, que ele não vote pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Os internautas sentaram o dedo em dobro.

Thor ou Kamai?

A situação da esquerda está melhor para 2026, uma vez que tem dois bons nomes para testar pro governo: o vereador André Kamai, do PT, e o médico Thor, que ainda não tem um partido definido. A disputa interna é atrativa.

Velloso senador?

Tem um movimento entre lideranças que seguem o deputado federal Eduardo Velloso (UB) puxando um coro para que ele dispute o Senado. Creio mais em jogo.