EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO CORDEIRO Mesmo sem dinheiro, eles montaram as chapas mais competitivas da política no Acre; alguns estão na ativa para 2026
Afonso, Diego Rodrigues e Manoel Roque são alguns dos melhores montadores de chapas
Política é sempre o prato do dia no Acre. Esse assunto é debatido nos restaurantes, campos de futebol, igrejas, na rua. Quase todo mundo tem um político de estimação e quando termina um pleito, no outro dia já se discute a eleição de dois anos depois. Em meio a esse turbilhão, tinha que ter muita gente boa fazendo isso acontecer. E tem. São muitos os ‘donos’ de partidos, de montadores de chapas. Tem os que montam com dinheiro e tem aqueles que são bons de formar partidos mesmo lisos, pelo menos até entrarem em vigor as novas regras, quando se podia fazer coligações. A coluna destaca alguns, entre os quais o policial civil aposentado Julinho Santos. Nos últimos 20 anos, ele conseguiu eleger vereadores e deputados estaduais, porque atraia bons candidatos provando a estes as possibilidades em suas chapas. Outro bom é o Manoel Roque, que anda sumido, mas nos últimos 20 anos deixou seu nome na história, formando chapas vitoriosas, assim como o Diego Rodrigues, filho da ex-deputada Juliana Rodrigues e o hoje deputado estadual Afonso Fernandes, do Solidariedade. Esse último formou grandes ‘times’ dentro de partidos e agora trabalha uma chapa para se reeleger e uma outra para eleger um deputado federal. Ninguém duvida que vai conseguir. São os caras que sabem trabalhar nos bastidores, mesmo lisos.
Tá cedo
De um especialista em política do Acre: Está muito cedo para dizer que teremos três candidatos a governador no campo da direita, quais sejam Alan Rick (UB), Mailza Assis (PP) e Tião Bocalom (PL). Tem muita água pra passar debaixo da ponte, apesar do Rio Acre estar seco.
Direito a defesa
Diferente do que a Justiça Brasileira faz com Bolsonaro, o Clendes Vilas Boas merece ter respeitado seu direito a presunção da inocência. Clendes é o superintendente da RBTrans da prefeitura de Rio Branco acusado de assédio moral, por convocar orações pela manhã e vender perfumes aos servidores subalternos.
Pressão não adianta
Não adianta pressionar o prefeito Tião Bocalom (PL) pela exoneração do superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas. Se isso vier a ocorrer só será depois de esgotadas todas as investigações, com oitiva para todo lado. Ainda mais partindo de denúncias do vereador Éber Machado (MDB), que tem sido apressado demais em tentar colocar Bocalom contra a opinião pública.
Chapéu na imprensa
O prefeito de Epitaciolândia, Sérgio Lopes (PSDB), ignorou a imprensa em seu primeiro mandato e isso resultou em uma avalanche de holofotes para cima de seu adversário no município, o empresário Everton Soares. Lopes deu uma surra no Everton nas urnas e um chapéu de cuia na imprensa. Tá lá, c. e andando pra notícia.
Das cinzas
O senador Sérgio Petecão (PSD) sempre ressurgiu das cinzas. Quando todo mundo achava que ele estava morto, o homem se elegia. Parece que dessa vez cortaram o cabelo do Sansão. Ele precisa repensar sua reeleição para o Senado sob pena de fechar um ciclo com uma desnecessária derrota.
Herdeiro do bolsonarismo
No próximo dia 22, o senador Márcio Bittar finalmente deixa o União Brasil para se filiar no PL, o partido de Bolsonaro. Vai para o lugar certo de quem é o herdeiro legítimo do bolsonarismo no Acre.
Gladson e Bittar
Ninguém aposte um chocolate na possibilidade de Márcio Bittar disputar o Senado numa aliança onde não esteja o governador Gladson Cameli (PP). Os dois vão andar é junto mesmo na campanha.
Não vai nessa
O deputado federal Eduardo Velloso (UB) tem muito futuro na política do Acre, razão pela qual não vejo ele forçando a barra para disputar o Senado em 2026. Vai esperar o momento certo para voos mais altos. Sobretudo porque sabe que se reelege com tranquilidade.
Voo solo do gordinho
O gordinho da venta vermelha está botando cocando para virar, também, uma grande liderança do Alto Acre. Quer ter seu próprio brilho, se desvinculando de outras figuras.
Volta, Naluh!
Estão pedindo a conselheira Naluh Gouveia que peça sua aposentadoria urgente do Tribunal de Contas para voltar à política, o que ela já vem fazendo bem, mesmo numa função que pede reservas.
Apareceu e sumiu
O ex-prefeito de Cruzeiro do Sul Ilderlei Cordeiro meteu a cara, fez o Gladson se emocionar, apareceu em toda a imprensa, e desapareceu no cipoal. Queria só medir sua popularidade, pelo visto.