POLÍCIA
Justiça prorroga permanência de envolvidos em rebelião em presídios federais
Quase dois anos após a transferência de 14 detentos do Acre para presídios federais, por envolvimento na rebelião que deixou cinco mortos, a Justiça decidiu prorrogar por mais três anos a permanência de 12 deles. A decisão foi tomada pelo juiz da Vara de Delitos de Organizações Criminosas, atendendo a um pedido dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
Continuarão em unidades federais os detentos Railan Silva dos Santos, Selmir da Silva Almeida, Cleydvar Alves de Oliveira, Manoel Moreira da Silva, Deibson Cabral Nascimento, Francisco Altevir da Silva, Bertônio da Silva Lessa, Rogério da Silva Mendonça, Cleber da Silva Borges, José Ribamar Alves de Souza Filho, Rosenato da Silva Araújo e Gelcimar Pinto de Macedo.
Além da prorrogação, foi estendido o prazo de permanência desses presos no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), medida que leva em conta a alta periculosidade, o papel de liderança nas organizações criminosas e as faltas disciplinares registradas. A decisão ainda será submetida à manifestação da Justiça Federal.
Já os detentos James Oliveira Bezerra e Paulo Roberto Araújo Campelo devem retornar ao Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco.
Os 14 presos foram transferidos em 27 de setembro de 2023, sob forte esquema de segurança. A maioria foi levada para a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Segundo denúncia do GAECO, eles foram os principais responsáveis pela rebelião ocorrida no Presídio Antônio Amaro Alves, que resultou na morte de cinco rivais. O motim começou em 26 de julho de 2023 e durou quase 24 horas.