ACRE
4 municípios do Acre recebem Defesa Civil Alerta a partir deste sábado (20)
O sistema Defesa Civil Alerta começa a operar neste sábado (20) em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Brasiléia e Jordão, quatro municípios que concentraram parte dos maiores desastres naturais dos últimos anos no Acre. A ferramenta envia mensagens de texto e avisos sonoros diretamente para celulares em áreas de risco, mesmo em modo silencioso, e promete reforçar a prevenção em um estado onde enchentes e alagamentos já afetaram mais de 150 mil pessoas em uma única cheia histórica, como a de 2023.
O funcionamento do sistema não depende de cadastro prévio: qualquer cidadão presente em área de risco recebe o aviso, independentemente do DDD. A tecnologia utiliza as redes 4G e 5G e alcança celulares conectados a essas frequências, ainda que estejam ligados ao Wi-Fi. O alerta severo indica a necessidade de ações preventivas, enquanto o alerta extremo bloqueia a tela do aparelho e emite um som contínuo até que a mensagem seja lida.
Para os demais 22 municípios acreanos, a medida sinaliza um futuro de maior proteção frente aos desastres climáticos que se intensificam na região amazônica. Cidades do Juruá, do Purus e do Alto Acre vivem ciclos anuais de cheias, e o alerta precoce pode reduzir o número de desabrigados e agilizar ações da Defesa Civil estadual e municipal.
O Brasil agora integra o grupo de países com os maiores sistemas de alerta precoce do mundo. Ele reforça que, diante das mudanças climáticas e do aumento da frequência e intensidade dos eventos extremos, a ferramenta será essencial para salvar vidas e reduzir prejuízos.
No Acre, o sucesso da novidade dependerá também da capacidade dos governos locais de manter planos de evacuação, abrigos estruturados e rotas de emergência. Especialistas alertam que o sistema é uma etapa decisiva, mas que precisa ser acompanhado de investimentos municipais em logística e assistência às famílias vulneráveis.
Com a implantação no Norte, o Defesa Civil Alerta conclui a cobertura nacional e passa a alcançar 100% da população brasileira, ampliando as chances de resposta rápida em situações de perigo iminente.