Defesa Civil monitora variação do Rio Acre e avalia influência do La Niña

A Defesa Civil de Rio Branco acompanha a variação do nível do Rio Acre e avalia os possíveis efeitos do fenômeno climático La Niña no regime de chuvas do próximo semestre. Embora o município tenha registrado cinco enchentes consecutivas nos últimos anos, ainda é cedo para prever uma nova cheia em 2026.

O coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente Cláudio Falcão, explicou que o monitoramento é constante e que as análises preliminares indicam influência moderada do fenômeno. “Estamos sob efeito do La Niña, que poderia causar uma cheia do Rio Acre devido às chuvas, mas ela tem sido fraca até agora”, afirmou. “Na primeira quinzena de novembro, vamos realizar as reuniões pré-cheia, quando teremos um prognóstico mais claro para o próximo semestre. Se o La Niña atuar fortemente, podemos ter enchente pela sexta vez consecutiva. O fato é que não descartamos nenhuma possibilidade”, completou.

Nesta segunda-feira, 20, o nível do Rio Acre apresentava comportamento dentro da normalidade ao longo da bacia. Em Rio Branco, o manancial marcava 2,42 metros, segundo a Defesa Civil Municipal. Em Xapuri, o rio estava em 4,15 metros, enquanto em Brasiléia registrava 3,92 metros e, em Assis Brasil, 3,45 metros — todas as medições dentro da cota de segurança.

De acordo com a Defesa Civil, o La Niña provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico e tende a aumentar a frequência e a intensidade das chuvas na Amazônia. Embora sua atuação atual seja considerada fraca, o comportamento do fenômeno pode se intensificar nos próximos meses, o que exige atenção redobrada das equipes de monitoramento.

A instituição informou que uma reunião técnica com órgãos de monitoramento está marcada para novembro. O encontro definirá os modelos climáticos que vão indicar com mais precisão o comportamento do período chuvoso e o nível do Rio Acre. “Estamos mobilizando equipes e monitorando os bairros mais vulneráveis. Caso o nível do rio volte a subir, a Defesa Civil estará pronta para agir rapidamente”, destacou Falcão.