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Madeireira bloqueia Rio Iaco e revolta ribeirinhos em Sena Madureira
O que era para ser apenas mais um dia de navegação tranquila virou dor de cabeça para os ribeirinhos do Seringal Santa Clara. O Rio Iaco, principal via de transporte da região, foi parcialmente bloqueado por toras de madeira deixadas por uma madeireira, criando uma espécie de represa improvisada e impedindo a passagem de embarcações.
A denúncia veio à tona após reportagem local mostrar o sufoco dos moradores, que agora enfrentam dificuldades para se locomover, transportar mantimentos e até acessar serviços básicos. O Ministério Público do Acre (MPAC) entrou em cena e já abriu investigação para apurar o caso.
O promotor Wendelson Mendonça, da Promotoria de Justiça de Sena Madureira, não perdeu tempo: mandou ofício para a Polícia Civil pedindo abertura de inquérito e acionou também a Polícia Militar para verificar se houve registro de ocorrência. Em paralelo, se reuniu com o prefeito Gerlen Diniz para cobrar providências.
“Não pode haver bloqueio do rio, mesmo que a empresa tenha licença ambiental para atuar ali. Isso prejudica diretamente os ribeirinhos”, disparou o promotor. A ideia é que a própria empresa se responsabilize pela retirada das toras e libere o fluxo das águas.
Enquanto isso, os moradores seguem à mercê da boa vontade da madeireira — e da agilidade das autoridades. O Rio Iaco, que há décadas é sinônimo de vida e sustento para centenas de famílias, virou palco de mais um embate entre progresso e respeito à comunidade.



