Ex-empresário de Brasiléia morre de infarto após caso polêmico de agressão homofóbica que chocou o Acre

O ex-empresário Adriano Vasconcelos Correia da Silva, antigo proprietário do supermercado Super Negão, faleceu na manhã desta terça-feira (28) em Brasiléia, interior do Acre, vítima de um infarto fulminante.

Adriano tinha 52 anos e era figura conhecida na cidade, tanto pelo seu envolvimento nos negócios locais quanto pela repercussão de episódios polêmicos que marcaram sua trajetória.

Ele ganhou notoriedade estadual em outubro de 2023, após se envolver em um caso de agressão homofóbica contra o professor Paulo Henrique da Costa Brito, no restaurante Renato Gastrobar, localizado na Rua Marechal Rondon.

Segundo o processo judicial, Adriano atacou o professor de forma repentina com um copo de vidro, atingindo o rosto da vítima, que perdeu a visão de um dos olhos.

O ataque gerou grande repercussão e provocou debates sobre violência homofóbica e segurança em estabelecimentos comerciais na região do Alto Acre.

Após o episódio, Adriano foi denunciado e respondeu judicialmente pelo ataque, acompanhando de perto as etapas do processo. Familiares e moradores da cidade se manifestaram nas redes sociais, expressando choque com a morte repentina e relembrando a controvérsia envolvendo o empresário.

Amigos próximos destacaram que, apesar dos episódios polêmicos, Adriano era reconhecido por alguns pela iniciativa nos negócios e pelo envolvimento em atividades comunitárias. O falecimento ocorreu em sua residência, e equipes de saúde da região foram acionadas rapidamente, mas nada pôde ser feito para reverter o quadro do infarto fulminante.

A morte reacendeu discussões sobre a saúde e segurança da população adulta na região, que ainda enfrenta desafios no acesso a serviços de emergência. Autoridades locais não divulgaram detalhes sobre velório e sepultamento, que devem ocorrer nos próximos dias, conforme a tradição familiar.

O processo judicial ainda tramita, e decisões anteriores destacam a gravidade do ataque e os danos permanentes sofridos pela vítima.

Adriano deixa familiares que estão recebendo condolências da comunidade e de conhecidos de diferentes cidades do estado. A trajetória do ex-empresário, marcada por negócios e controvérsias, permanece lembrada em Brasiléia e em todo o Alto Acre.

A morte de Adriano encerra um capítulo polêmico, mas reforça debates sobre justiça, direitos humanos e segurança comunitária no interior do Acre.