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ESPORTE

“Dozimo” andar

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A história do futebol brasileiro registra inúmeros casos de personagens de nível intelectual, digamos, abaixo da crítica. E assim, as pérolas linguísticas e as confusões culturais vão se multiplicando, fazendo a graça da galera e criando uma gama de situações, para dizer o mínimo, pitorescas!

Tem o caso de um jogador da seleção brasileira que ao chegar à África do Sul e ser questionado sobre o apartheid, respondeu que apesar de não conhecer o sujeito pessoalmente, já que lhe estavam perguntando, ele deveria ser o cracaço do time. E que, por causa disso, iria marcá-lo bem de pertinho.

E tem o caso de um centroavante (daqueles do tipo rompedor, que não costumava levar desaforo pra casa) que ao chegar em Belém, capital do glorioso estado do Pará, declarou ao repórter de uma emissora local que era o maior prazer da vida dele poder jogar na cidade onde Jesus nasceu.

Então, mudando de pau pra cacete, saindo do geral para o particular, eu lembrei de uma historinha que me foi contada pelo ex-lateral (hoje treinador) Paulo Roberto, que muito bem representou as cores de Rio Branco, Independência e Juventus, na época do futebol acreano amador.

De acordo com o Paulo Roberto, a história se deu em Manaus, tendo como protagonista o lateral-direito Bento Zero Hora, sujeito oriundo de Brasiléia, de bom nível técnico, mas de uma ignorância absurda, e que à época (início da década de 1970) fora contratado pelo amazonense Nacional.

É que logo que chegou a Manaus, com status de craque, depois de ter dado um nó num ponta-esquerda chamado Reis, numa excursão do Nacional a Rio Branco, Zero Hora foi alojado pela direção do time amazonense no “décimo segundo” andar de um apartamento com vistas para o Rio Negro.

Decorrida a primeira semana de treinamentos, o Bento Zero Hora logo demonstrou que o dinheiro investido nele teria retorno certo para os cofres nacionalinos muito em breve, tal a categoria do dito cujo. E então, por tudo isso, logo começou a se enturmar com os demais jogadores do elenco.

Mais umas duas semanas depois, como ele não tinha carro para ir e voltar dos treinos e já entrosado com os companheiros, eis que um deles, no caso um meia-armador de São Paulo que já estava no Nacional desde o ano anterior, lhe ofereceu carona. Carona essa que o Bento aceitou de bom grado.

Durante o trajeto do treino para casa, a prosa correndo solta, lá pelas tantas o meia-armador motorista, ao saber do prédio onde o lateral acreano estava hospedado, perguntou-lhe: – Tu moras em qual andar? Resposta do Bento: – Eu gosto de ver o mundo de cima. Eu moro no “dozimo” andar!

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