POLÍCIA
“Exu Caveira” é interrogado como suspeito de executar filho de liderança de facção
O presidiário Talisson de Souza Gama, conhecido como “Exu Caveira”, voltou a ser alvo da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Condenado a quase 59 anos de prisão pelo assassinato do motorista de aplicativo Rener Silva de Menezes e por dupla tentativa de homicídio durante um ataque em abril de 2023, na região da Gameleira, ele agora é apontado como suspeito de envolvimento na execução de Hilquias Santos de Souza, de 19 anos.
Hilquias era filho de Geremias Lima de Souza, um dos fundadores da facção Bonde dos 13, morto em dezembro do ano passado em frente à sede da 2ª Regional da Polícia Civil, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo. Após a morte do pai, o jovem teria intensificado ataques contra membros da própria facção. No entanto, na noite de 5 de fevereiro deste ano, quando Talisson estava foragido, Hilquias foi executado a tiros dentro de uma casa localizada na Rua Rui Barbosa, no bairro Papouco.
Negou autoria
Durante interrogatório na sede da DHPP, Talisson de Souza Gama negou qualquer participação no crime. Ele foi ouvido por cerca de 30 minutos e afirmou ao delegado responsável que, na data da execução, encontrava-se em Porto Velho.
Outros crimes
Além desse caso, Exu Caveira responde por outros processos. Em agosto deste ano, ele se tornou réu pelo assassinato de Edelson Ferreira, morto a tiros em março de 2023, durante um ataque na região do Recanto dos Buritis. A denúncia foi aceita pelo juiz Fábio Farias, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, a pedido do Ministério Público do Acre.
Fuga e recaptura
Em novembro do ano passado, Talisson e outros cinco detentos fugiram do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde. Ele só foi recapturado em fevereiro deste ano, em Porto Velho, após investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Acre.


