SAÚDE
Estudo aponta que cannabis medicinal reduz uso de opioides em pacientes com dor crônica
Pesquisa nos EUA mostra que a maconha regulamentada é uma alternativa eficaz para diminuir a dependência de analgésicos potentes e evitar overdoses.

Um estudo recém-publicado nos Estados Unidos traz novas evidências sobre o papel da cannabis medicinal no tratamento da dor crônica. A pesquisa, realizada com pacientes do estado de Nova York, revelou que o uso da planta em ambiente regulamentado está associado a uma redução significativa no consumo de opioides — medicamentos potentes que, apesar de eficazes contra a dor, possuem alto risco de dependência e overdose.
Os participantes do estudo, com idade média de 56 anos, foram monitorados por 18 meses. Os dados mostraram uma redução de 3,53 MME (Equivalentes de Morfina em Miligramas) por dia. Embora o número pareça pequeno, médicos afirmam que ele é clinicamente significativo para reduzir a exposição aos riscos desses fármacos.
Diferente do mercado informal, o programa de Nova York utiliza farmacêuticos para avaliar cada paciente, garantindo dosagens precisas e orientação clínica. Além da melhora na dor, os pacientes relataram impactos positivos em sintomas associados, como insônia, ansiedade e depressão.
Trata-se de uma unidade padronizada usada na área da saúde para quantificar a potência total de diferentes medicamentos opioides. O MME permite que médicos e pesquisadores comparem doses de vários tipos de drogas (como oxicodona, hidrocodona ou fentanil), expressando-as no seu equivalente em morfina. Em outras palavras, a exposição das pessoas que recebiam cannabis medicinal do dispensário diminuiu o equivalente a 3,53 miligramas de morfina por dia. O número pode parecer pequeno, mas representa um decréscimo clinicamente significativo.











