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RAIMUNDO FERREIRA

Em sua coluna desta terça-feira, 23, o professor e arquivista Raimundo Ferreira tem “uma versão sobre o Natal”

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VERSÃO SOBRE O NATAL

Raimundo Ferreira de Souza

Apesar de as pessoas atualmente não estarem mais tão ligadas à questão dos símbolos, é sempre interessante e oportuno reviver essas simbologias, afinal, elas fazem parte das origens histórico-culturais dos primórdios da humanidade. Do contrário, vamos repetindo as coisas automaticamente, como robôs.
Existe a história de uma importante confeiteira que produzia seus pães sempre com as duas pontas cortadas. Ao ser indagada sobre o motivo, ela não soube explicar. Perguntaram então à sua mãe, com quem havia aprendido a profissão, mas ela também não soube responder. Só quando recorreram à avó é que a velha senhora explicou: “Meu forno era pequeno.”
Pois bem, estamos nos aproximando das festas natalinas e, entre as várias razões e símbolos associados a esse tempo, acreditamos que o maior deles é a ideia de nascimento — posteriormente vinculada ao nascimento de Jesus, bem depois do advento do cristianismo.
Muito antes de Cristo, embora em outras datas, o evento era comemorado como sendo a noite mais longa do inverno. As pessoas acreditavam que era necessário se reunir e rezar para que as trevas liberassem o sol, permitindo que o dia voltasse a nascer e desse continuidade à vida. Esse período, denominado solstício de inverno, ocorre quando o sol atinge a maior distância angular em relação à Linha do Equador. Era o tempo de frio rigoroso, quando alguns animais hibernam e quando monges e sábios se recolhiam para meditação e estudo. Esse período se estendia até o dia que, mais tarde, seria associado ao Natal.
A Era Cristã incorporou esse evento ancestral, já celebrado desde os primórdios da civilização. Por conta das mudanças naturais, da aproximação com a troca de estação e do simbolismo do renascimento da luz, a data acabou fundindo-se com a comemoração do nascimento de Jesus.
A partir daí surge toda a simbologia cristã: o presépio, com seus personagens e significados; os três Reis Magos, também carregados de simbolismo; a árvore de Natal, representando a árvore da vida. Seus enfeites, segundo a mitologia celta, simbolizam as raízes da árvore — e não a copa. No topo, a estrela de cinco pontas representa os elementos que compõem o ser humano em sua essência e ligação com a natureza: espírito, matéria, terra, ar, água e fogo. A árvore é montada em forma de pirâmide, simbolizando a trindade — Pai, Filho e Espírito Santo.
Juntam-se ainda a essa simbologia cristã estilizada as velas, com seus significados; a mesa farta, símbolo da ceia, que já existia antes de Cristo e celebrava o fim do período de reclusão; o Papai Noel, um velho samaritano que, segundo a mitologia, já existia antes da era cristã, prestando assistência aos desabrigados durante o inverno rigoroso; e, por fim, a troca de presentes, também anterior ao cristianismo — mas, naquela época, os presentes eram velas, pois se acreditava que traziam luz e contribuíam para o surgimento de um novo dia.
E hou, hou, hou…

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