POLÍTICA
‘Entreguei minha vida nas mãos de Deus e do povo do Acre’, diz governador Gladson Cameli ante a pancadaria da oposição
Por Evandro Cordeiro
O governador Gladson Cameli, do Progressistas, admite que está passando por uma turbulência, mas afirma com todas as letras: nunca esteve tão otimista, de bem com Deus e com as pessoas, principalmente as mais humildes. Bombardeado por opositores que acharam na operação Ptolomeu a única brecha para pelo menos tentar peitar ele nas eleições de 2022, Cameli reage. Só evita opinar sobre o trabalho da Polícia Federal no Estado para não fazer provocações. Garante estar muito tranquilo, uma vez que tem certeza de ter andado a vida toda de forma correta diante da lei. “Meu pai ensinou nós a ser corretos”, disse, enquanto almoçava uma pequena porção de feijão com macarrão e assado de panela, um de seus pratos prediletos. Sobre qualquer outro tema fala sem restrição, com desenvoltura e de cabeça erguida, inclusive o que pouca gente imagina, como por exemplo, a paciência perto de acabar com gente falsa que circula o Palácio e sobre um desejo de seu coração bem desconhecido, o de estar em uma igreja agradecendo a Deus por todas as suas conquistas pessoais e coletivas. “O Espírito de Deus tem tocado muito meu coração”, revela na conversa de amigos, sem formalidades, nem protocolos, como mais aprecia viver.
Aliados e adversários conhecem bem e parecem exercerem forte atração pelo governador Gladson Cameli. Ele é, quase sempre, o tema predileto. Está na pauta do dia. E ele gosta disso. Ou pelo menos não se incomoda. O fogo amigo e os bombardeios de petistas são, segundo ele, de certo modo importantes para o crescimento de sua gestão. “Parece que quanto mais eles batem mais eu me aproximo das pessoas, mais eu melhoro nossa gestão, que tem muitos erros, algumas fraquezas, mas que tem um destaque bem diferenciado: não tem maldade. Tenho feito de tudo para acertar”, autocritica. Gladson só tem um discreto ressentimento com quem lhe deixou na mão quando mais precisou, no ápice da pandemia provocada pelo coronavírus, mas entrega os espertalhões nas mãos de Deus. “Nosso Senhor é justo”, acredita.
Antes de fechar o ano, Gladson ainda tem uma longa agenda a ser cumprida, com muitos feitos que os adversários, aí com certa razão, não reconhecem. E é nisso que vai focar até quinta-feira, 30, antevéspera da virada. Tem inauguração do memorial das vítimas da Covid-19, no Lago do Amor, tem entrega de viaturas para a Segurança Pública, agenda com jogadores do Andirá que vão disputar a Copa São Paulo, a partir de 2 de janeiro, entre outras. E para 2022 aí é que a oposição vai ficar mais tonta, acredita ele, porque vem aí uma agenda de obras e outros feitos do Estado que vão fazer os pagamentos antecipados e abonos aos servidores públicos ficarem pequenos. “Quero começar 2022 com uma notícia que todo funcionário público gosta de ouvir”, avisa. Já se sabe que é um aumento de salários.
Para fechar nosso descontraído bate papo, o governador deu uma sugestão aos “olhos gordos” sobre sua cadeira: que parem de apostar em chantagens. Aí invés disso, que coloquem suas candidaturas na rua para tentar vence-lo nas urnas. “Meu amigo, cadeira de governador se conquista no voto. De outra forma é fora das quatro linhas. Que se apresentem e deixem o povo decidir. A minha vida eu entreguei a Deus e ao povo do Acre. Não quero ser governador se não for da vontade de Deus. Não estou desesperado por cargo político”, afirmou. Por fim, disse que os três anos de gestão lhe ensinaram a conhecer os amigos leais e os outros, mas deu uma dica importante antes de desejar feliz ano novo, para quem quer continuar sendo contemplado pela sombra do Palácio: “Quem estar comigo que se apresente”.
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