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Barão do Rio Branco – Importante figura que anexou o Acre ao Brasil completou 110 anos de morte

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Por Wanglézio Braga | Foto: Reprodução/Arquivo Nacional

Há 110 anos o Brasil chorava a morte de José Maria da Silva Paranhos Júnior, mais conhecido como Barão do Rio Branco, uma importante figura que contribuiu politicamente para que o Acre pudesse se tornar um estado brasileiro ao assinar o Tratado de Petrópolis em 17 de novembro de 1903.

Carioca, nascido em 20 de abril de 1845, recebeu o título de “Barão do Rio Branco” pela Princesa Isabel. Em vida, foi diplomata, cônsul, escritor, advogado, geógrafo, historiador, deputado provincial e Ministro das Relações Exteriores nos governos de Rodrigues Alves (1902-1906), Afonso Pena (1906-1909), Nilo Peçanha (1909-1910) e Hermes da Fonseca (1910-1914).

Em sua passagem pelo Ministério, José Paranhos Júnior, “foi responsável por negociar pacificamente e anexar mais de 900 mil quilômetros quadrados, o que representa aproximadamente 10% do território nacional”. A consolidação das fronteiras pode ser vista nas questões do Amapá, Acre, Santa Catarina e Paraná.

QUESTÕES ACRE

Para diversos historiadores e escritórios da biografia de Paranhos Júnior, a anexação do Acre ao Brasil, sem sombras de dúvidas seria o maior desafio de sua carreira tendo em vista que ele resolveu apostar em um acordo do tipo direto com a Bolívia em vez de usar o direito internacional conhecido como “Uti possidetis”. Com a assinatura do Tratado de Petrópolis, ficou estabelecido que o Brasil cederia parte do território de Mato Grosso e daria 2 milhões de libras esterlinas, além de construir a ferrovia Madeira Mamoré que beneficiaria os dois países – Brasil e Bolívia. 

FRONTEIRAS BRASILEIRAS

O escritor e pesquisador, Paulo Razzutti, publicou ontem um resumo biográfico nas suas redes sociais interessante onde esmiuçou outros feitos históricos de José Paranhos Júnior com destaque às narrativas cronológicas desta importante figura que consolidou as fronteiras brasileiras.

“Em 1900, resolveu a questão do Amapá contra a França e nesse mesmo ano foi nomeado ministro plenipotenciário em Berlim. Em 1902, tornou-se ministro das Relações Exteriores, cargo em que permaneceu até a sua morte. Em 1903, incorporou definitivamente o Acre com o Tratado de Petrópolis. Se perdeu sobre a Guiana Inglesa, solucionou os conflitos territoriais com quase todos os vizinhos, definindo o mapa do Brasil que conhecemos até hoje, com poucas variações. Além de manter a cooperação com os EUA, Rio Branco era um pan-americanista e fez de tudo para estreitar os laços entre o Brasil e os países da América do Sul”.

DESGOSTO DO PAI?

No campo pessoal, José Maria da Silva Paranhos Júnior deu “desgosto” para o seu pai, o Visconde do Rio Branco. Ele não se casou com uma moça da elite brasileira para criar uma dinastia. Em 1872, em um cabaré no Rio de Janeiro, ele conheceu a dançarina belga Marie Philomène Stevens, de 22 anos. Ele a instalou na Europa, tiveram vários filhos, mas só se casaram em 1889. O Barão do Rio Branco morreu em 10 de fevereiro de 1912 aos 66 anos de idade. 

O BARÃO ‘VIVE’

Para o redator Guilherme Kohler, “A memória do Barão segue viva em diferentes cidades do país onde provavelmente encontraremos ruas que foram batizadas em sua homenagem, ou ainda, cédula de 5 cruzeiros ou olhar para o rosto que estampa a moeda de 50 centavos, em ambos casos, encontraremos o rosto do Barão do Rio Branco”.

No Acre, o Barão do Rio Branco foi homenageado com o nome de Escolas, Fórum da Justiça, Ruas e Edificações do Governo. Apesar de tantas homenagens a esse grande homem, nesta quinta-feira o Estado passou despercebido, não realizou nenhuma manifestação civil, pública, pelos 110 anos da morte dele.

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