EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO | Ciro Gomes diz que Lula criou Bolsonaro. Ainda bem
Foto: Reprodução / Facebook
Ciro Gomes disse nesta quarta-feira de cinzas, 2 de março, que quem criou Bolsonaro foi Lula. Pois se não fosse o Bolsonaro eu já ia votar no Lula para agradecer a ele por tão relevante feito. Não é que Bolsonaro seja o cara, mas é porque ao ser criado por Lula ele conseguiu um feito que o Brasil esperava tanto, há tanto tempo: arrancar do poder uma trupe que há quatro décadas, pelo menos, dilapidava o nosso patrimônio. Era uma coisa institucionalizada, tanto que ocorria numa “harmonia entre poderes” que parecia a sinfônica de Berlim. Senhores de barba branca, coronéis em seus Estados, todos muitos vaidosos, sem cerimônia, para consolidar o que escreveu Machado de Assis. “A vaidade é um princípio de corrupção”, cunhou nosso primeiro doutor do Direito. Até que provem o contrário, Bolsonaro não é corrupto. A grande queixa da oposição contra ele até agora, acreditem, é porque se suja de farinha quando come farofa. Além do mais a grande imprensa esconde os grandes feitos de sua gestão. E quanto ao Lula, é fácil entender a mancada dele de ter criado o Bolsonaro: elevou corrupção a equações exponenciais. O que era feito em quartos de hotéis, em governos anteriores, para comprar votos de deputados e garantir aprovação de excrescências como a reeleição, por exemplo, passou a ser feito a luz do dia, como se prevendo impunidade, o que de fato acontece. É bom lembrar que nesta mesma quarta de cinzas o glorioso STF sepultou o último processo contra Lula. Por sorte, o brasileiro ainda tem uma chance de manter a entourage do ex-presidente longe dos cofres, por meio do voto.
Melhor ter um presidente sujo… de farinha.
Candidaturas blefes
No Acre só tem três candidaturas a governador que só não acontecerão se algum deles morrer, as de Gladson Cameli, David Hall e Sérgio Petecão. O resto é blefe, bravata de bufão. A esquerda também deve consolidar uma candidatura, só não se sabe o nome que estará na cabeça.
Insossa
O problema da chapa da esquerda para 2022 é que esta esbarra naquilo que nosso Séneca, o advogado Sanderson Moura, tem falado: vem sem novidade, sem atração nenhuma, isso em relação a nomes e propostas. São todos os mesmos dos anos 1990.
Prego batido
Não tem mais o que discutir o PL no Acre. O partido ficará sob a tutela dos Bittar e os Rocha (Major e Mara) vão para outra sigla. Simples assim.
Tudo pode ocorrer
Quanto a chapa de Gladson Cameli muita coisa pode acontecer. Pode ocorrer de ter um vice “neutro”, politicamente falando, como o Rômulo Grandidier, da extrema confiança, mas pode ser que a ocasião obrigue Cameli a compor sua chapa com um parceiro mais político para atender os cinco pretensos ao Senado.
Bela equipe
A cheia do rio Juruá mostrou o quanto a equipe do prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima (Progressista), é azeitada. Ainda mais com a ajuda do staff do governo Cameli, que estava todo na região nesse feriadão. As águas colocaram muitas famílias para correr, mas a organização concatenada deu abrigo a todos.
Boa memória
“As pessoas não esqueceram, ainda, do que a esquerda aprontou no Brasil e no Acre. Vamos comprovar isso quando as urnas abrirem em outubro”. Do vereador N Lima, presidente da Câmara Municipal de Rio Branco.
O agro alegra o Acre
Rodei pelo Acre neste feriadão e as margens das BRs animam a gente com o verde da soja e do milho. Melhor ainda é vê o agro gerando emprego e renda. Não dá para confrontar isso com florestania. É abissal a diferença.
Cavalheira
O estilo princesa da senadora Mailza Gomes salta aos olhos. Ela ainda é a mesma desde que prestava serviços a Igreja Assembléia de Deus, mas parece não ter se preparado para a realidade do mundo político, onde opiniões e humores mudam como as nuvens. Mas não é fraqueza dela, é só falta de vivência no meio.
Bocalom vira o jogo
Já tem aposta em rodas políticas segundo as quais Tião Bocalom certamente terminará como um dos melhores prefeitos de Rio Branco da história. Uma razão: está pensando grande até demais para a capital.
Como resolver
Pensadores que cercam o governador Gladson Cameli estão debruçados sobre uma questão acima de importante: como resolver a situação Jéssica Sales. Primeiro ela está bem nas pesquisas e depois faz parte do MDB, sigla cujo membros mais antigos se queixam de não estarem contemplados no atual governo. Mas já teria um plano em andamento sendo discutido em Brasília. Nos próximos dias uma grande novidade virá a público.
Mudança de partido
Se abre nesta quinta-feira, 3 de março, a janela para quem quer mudar de partido. E esta ficará escancarada até dia primeiro de abril. Difícil prevê quem muda de partido por aqui. Se sabe que, no atacado, pelo menos metade dos deputados estaduais muda de sigla. Poucos vão ficar em partidos pequenos.
Leal
O governador Gladson Cameli sabe, mais ou menos, quem são os prefeitos que vão apoiar sua reeleição, mas sobre alguns ele já tem certeza, caso do Jerry Correia (PT), de Assis Brasil. Já provou lealdade.
Ponte de Xapuri
No sábado Gladson Cameli assina a ordem de serviço da ponte sobre o rio Acre em Xapuri, ligando o primeiro distrito a Sibéria. Uma pá de cal na esquerda, que sobreviveu politicamente muitos anos usando o município como sua capital moral, terra de Chico Mendes e num sei o que mais.
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