ARTIGO
Sociólogo acreano que leciona em São Paulo, Ezio Gama escreve sobre a invasão da Rússia na Ucrânia e os rumores de uma Terceira Guerra Mundial
Estamos à beira de uma Terceira Guerra Mundial?
Por Ezio Gama
O caos parece ter sido instalado na humanidade e as trombetas do apocalipse parecem soar. Pelo menos é o que vemos nos noticiários e na boca dos “especialistas” em catástrofes e teorias conspiratórias, como também na boca dos desavisados e dos que adoram comentar sobre tragédias.
Como de fato, vivemos tempos sombrios e calamitosos, com a abertura de “selos” com “decretos de mortes’ produzidos por um vírus, que até hoje não foi esclarecido sua origem e se realmente foi acidental ou faz parte de um programa de guerra biológica, econômica e de redução da população mundial. Seguido disso, abrem-se os portões da morte na Ucrânia, com uma guerra desproporcional e proposital provocada pela Rússia.
Fazendo uma retrospectiva, a Primeira Guerra Mundial eclode em meio a rivalidades econômicas e os ressentimentos guardados por fatos ocorridos no passado, além das questões nacionalistas, que foram cruciais para a Alemanha. As potências ocidentais saem vitoriosas e segue-se uma grande derrota da Alemanha, que recebe dura punição e mais uma vez não consegue ser a ambicionada maior potência do mundo.
Quase trinta anos depois explode a Segunda Guerra Mundial. Podemos destacar a crise financeira em 1929, o descontentamento com o Tratado de Versalhes e as ideologias fascista e nazista de Hitler. No final, a guerra se encerra com a derrota da Alemanha e o mundo se choca com a primeira potência mundial a utilizar bomba nuclear. Os Estados Unidos lançam os bombardeios contra o Império do Japão em agosto de 1945. É o início da era nuclear e o prenúncio de grandes poderes com capacidade de destruição em massa.
No pós-segunda guerra, o fator que marcou e desencadeou num período de tensão entre a União Soviética e os Estados Unidos e seus respectivos aliados, foi a chamada Guerra Fria, em 1947. Essa guerra só termina com a Queda do Muro de Berlim (1989) e o fim da União Soviética e do regime comunista, em 1991. Os Estados Unidos então saíram vitoriosos deste embate sem armas físicas.
Agora, em pleno século 21, o mundo se aterroriza com essa guerra provocada pela Rússia contra a Ucrânia, que parecia sinalizar uma iminente Terceira Guerra Mundial e deixou a todos em tensão e alerta. É o que poderia ser, caso os Estados Unidos/Otan resolvessem entrar na guerra com aviões/caças, tanques e soldados contra a artilharia russa. Isso geraria uma reação em cadeira, com outros países aliados da Otan contra a Rússia, e os aliados da Rússia, principalmente a China, teria um gigantesco peso contra as forças ocidentais no campo de batalha. Seria sim o maior confronto bélico jamais visto na história humana. Felizmente isso não aconteceu. Mas ainda estão falando nessa possibilidade. Não será dessa vez, podem apostar.
A Rússia não tem concretizado um acordo ainda com a Ucrânia e, enquanto isso, segue o massacre, bombardeios e as Forças Armadas Russas prosseguem com a ampla ofensiva sanguinária, até contra civis e crianças em hospitais em Kiev. Vladimir Putin segue com seu plano expansionista e de revisão de fronteiras, com o intuito de recriar o império russo dos Czars. Estamos sim vendo o ressurgir da nova era dos Impérios, muito mais poderosos e devastadores.
No entanto, ainda não veremos a Terceira Guerra Mundial. Pelo menos agora. Se acontecesse isso por conta da Ucrânia, com certeza teríamos que esperar a uma quarta guerra. O que vai realmente desembocar a terceira guerra não será a Rússia contra a Ucrânia, mas a Rússia e aliados contra Israel. Ai sim, o mundo verdadeiramente experimentará o apocalipse real e suas consequências nefastas, jamais vistas na história da humanidade. A Terceira Guerra Mundial será híbrida, ou seja, uma guerra biológica, tecnológica, de dados e informações, cyberterrorista, bélica, principalmente uma guerra nuclear.
Infelizmente, será o fim da história e da vida como a conhecemos. Daí em diante, só Deus sabe!
* Ezio Gama é sociólogo e colunista de Geopolítica
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