GOSPEL
Evangélicos ‘lotam’ chapas de partidos nas eleições deste ano no Acre; perto de metade afirma ser membro de alguma Igreja
Foto: Antônia Lucia, Mailza Gomes, Cadmiel Bonfim e Gilberto Cabral
Evandro Cordeiro
Os partidos que montaram chapa para disputar as eleições desse ano no Acre conseguiram preencher suas chapas com muitos representantes de igrejas evangélicas. O que diminuiu foi o número de pastores, em relação a disputas eleitorais nos últimos dez anos. “Os pastores têm funções muito nobres do ponto de vista espiritual. Não devem mesmo entrar nisso”, diz o experiente pastor Raimundo Tadeu. Para ele qualquer membro pode ir à luta política, menos os líderes, levantados por Deus para aquela missão específica.
Jesuíta Arruda e Suelen Carlos
A lista de candidatos crentes é tão extensa que o melhor seria não citar nenhum, mas há um grupo tão conhecido que é impossível não lembrar. Talvez Gilberto Cabral, candidato a federal pelo PP, e a própria Senadora Mailza Gomes, também do PP, possam puxar essa lista. Cabral é pastor, mas não está à frente de nenhum ministério. Ele é um símbolo da transição da pregação do evangelho do púlpito para os órgãos de comunicação. Foi ele que, há 20 anos inaugurou programas gospels na televisão. A eles seguem o sargento PM e deputado estadual Cadmiel Bonfim (PSDB), que vai para a reeleição, Juracy Nogueira, um ex-vereador de Rio Branco que tenta voltar a política disputando a eleição para deputado estadual pelo Patriotas. Arlenilson Cunha, do PL, Eber Machado, Eudemir Gomes e Antônia Lúcia, pelo Republicano, além de Suelen e Jesuíta Arruda pelo PSD, estão numa lista onde aparecem, ainda, a “Sapato de fogo” missionária Otacília, do PL.
Eudemir Gomes, Arlenilson Cunha e Juracy Nogueira
Único representante do candomblé
Edy Bastos
O professor, radialista e músico Edy Bastos é o único representante das religiões de matriz africana nas eleições desse ano, pelo menos assumido. Do PCdoB, ele é ogan do tambor e faz questão de espalhar seu axé por onde passa.