CULTURA & ENTRETENIMENTO
“Infância no Acre nos anos 60” é tema de livro com contação de história do escritor Toinho Alves
“A cidade era pequena mesmo. Imagina, quando subia a ladeira da Maternidade já estava no bairro do Bosque e pronto, terminava a cidade bem ali. Tinha poucos bairros, poucas ruas, e só ali perto do Palácio do Governo as ruas eram pavimentadas com tijolo, o resto era no barro mesmo. As casas tinham quintal grande, com muita fruteira. Ainda tinha mata, em muitos lugares. Era bom pra fazer caverna e guardar os segredos da tropa”.
Precisa ter mais de 60 anos e morar na capital do Acre desde a infância para lembrar da cidade retratada no parágrafo acima. Nesse caso, há de lembrar também das brincadeiras e aventuras da infância vivida na pequena cidade de Rio Branco. É o que faz o escritor Toinho Alves, no livro “Naquele Tempo”. São dez pequenas histórias, que ele conta em linguagem regional simples, para serem entendidas por crianças, mas também para despertar a saudade e a memória dos adultos.
As histórias são ilustradas e o livro diagramado por Marina Bylaardt – artista visual e designer, que nasceu muito depois, na grande cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, mas conseguiu captar e transformar em belas imagens a atmosfera da infância do escritor.
Toinho Alves explica a origem do livro e da parceria com a ilustradora: “Marina ficou impressionada com as histórias de minha infância que eu contava para nosso filho Elias, todas as noites, na hora dele dormir. Aí nasceu a ideia do livro e a inspiração para as imagens”.
O livro é publicado com recursos do Fundo Municipal de Cultura, da Fundação Garibaldi Brasil, edital 01/2021. Os autores farão a doação de vários exemplares para escolas municipais e já realizaram uma oficina contando e desenhando as histórias com crianças da Escola Mestre Irineu Serra, no bairro onde moram. O lançamento virtual será feito no Instagram, no perfil @caissame, nesta quinta-feira, 10 de novembro, às 19 horas. Também pela internet os livros serão colocados à venda.
“Espero que alguns acreanos velhos do pé rachado se interessem e comprem o livro, para recordarem sua infância e contarem histórias para seus netos”, diz Toinho Alves. [Ascom Fecomércio]
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