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Força Nacional chegou no Acre com 56 agentes que podem trabalhar por até seis meses
Homens da Força Nacional, os quais compõem a tropa de elite do Ministério da Justiça (MJ) para operações especiais em qualquer parte do território nacional, desembarcaram nesta segunda-feira, 12, em Rio Branco, para atuarem na região do Vale do Abunã, entre os municípios de Acrelândia e Plácido de Castro, onde, desde o dia 7 de novembro, as Forças de Segurança da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) já combatem os crimes de roubos de veículos e de narcotráfico.
Os 56 integrantes da Força, inicialmente, permanecerão no Acre por 90 dias, podendo esse prazo ser prorrogado, se necessário, com uma expectativa de seis meses.
Antes, porém, dois pontos precisam ser destacados em relação a essas ações. O primeiro é o de que, desde novembro, a presença das forças especiais da Polícia Militar do Estado do Acre (PM/AC) na região reduziu a zero as ocorrências de crimes contra os moradores dos dois municípios. Não há mais roubo de automóveis desde então, nem sequestros relâmpagos com as constantes operações das tropas da PM/AC e do Grupo Especial de Fronteira.
O segundo ponto é que, pela primeira vez, a vinda da Força Nacional ao Acre é uma decisão do próprio MJ, que manifestou interesse em auxiliar as polícias locais, após solicitar relatório do cenário na região à Sejusp.
Em abril do ano passado, o secretário de Justiça e Segurança Pública, coronel Paulo Cézar Rocha dos Santos, havia solicitado a presença da polícia especial no Acre. “Mas na ocasião, eles nos responderam que não havia logística para virem naquele momento. Agora, estarão nos auxiliando também com os seus operadores de segurança da Polícia Civil. Por isso, dos 56, 12 são da Polícia Civil: dois delegados, dois peritos criminais, dois escrivães e quatro agentes”, explica Santos.
Os agentes de Polícia Civil terão autonomia para investigar e instaurar inquéritos policiais e elaborar laudos periciais, mas caberá às autoridades locais assinar todas as peças processuais que serão enviadas ao Ministério Público e à Justiça.
A ideia, segundo Paulo Cézar dos Santos, “é que, até o final do próximo semestre, essas ações sejam robustecidas com o próprio efetivo das polícias acreanas, já que teremos novos policiais saindo das academias”. Hoje, o Centro Integrado de Ensino e Pesquisa em Segurança Pública, o Cieps, está formando 429 novos policiais militares e bombeiros miliares na Academia de Polícia.
Na manhã desta terça-feira, 13, os gestores em Segurança Pública se reuniram com a Inteligência da Sejusp, para alinhar novas estratégias, numa atualização constante da agenda entre polícias. Paralelo a isso, o Conselho Integrado de Gestão Operacional se reúne com os coordenadores da Força Nacional para discutirem o panorama de ações.