POLÍCIA
Onze passam a ser réus por morte de pecuarista sequestrado em Acrelândia
Ao receber a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Acre, a Juíza da Comarca de Acrelândia, Isabelle Sacramento, escreveu que “por não ser o caso de rejeição e por entender, em princípio, a materialidade do crime e serem fortes os indícios de autoria”, os acusados devem responder ação penal. Com a decisão, onze passaram a ser réus pelo sequestro seguido de morte do pecuarista Edney Targa Ingar, de 49 anos.
Edmilson Vieira de Mendonça, o “Pé Quebrado”, vai responder por extorsão, com resultado morte, com os agravantes de ter organizado a ação criminosa, concurso de pessoas e ainda pelos crimes de corrupção de menores e uso ilegal de arma de fogo.
Os outros dez réus são: Matheus Oliveira do Nascimento, Gezilda Lima Fraga, João Paulo Maciel Silva de Souza (foto), César Augusto Gomes de Souza, Francisco das Chagas Lopes Coutinho, Antônio da Silva, Ladislau Araújo Guimarães, Joabe Santos da Silva, Rikelme da Silva Rola, Naira Katelleyn Rodrigues Lopes e Ilan Silva do Nascimento. Eles devem responder por extorsão mediante morte e também por corrupção de menores.
Consta na denúncia que a vítima foi rendida por criminosos em casa, na zona rural de Acrelândia, no dia 1ª de outubro de 2022. Ainda de acordo com a investigação, no mesmo dia os bandidos trouxeram o pecuarista para Rio Branco e o carro da vítima foi abandonado em um terreno localizado na Rua 24 de Janeiro, no 2º Distrito de Rio Branco. Depois o pecuarista foi levado em outro veículo para um cativeiro no bairro da Paz.
No dia seguinte ao sequestro, os bandidos passaram a exigir um resgate da família. Inicialmente o valor foi R$ 300 mil, mas depois passou a ser R$ 2 milhões. A polícia acredita que no dia 4 de outubro a quadrilha assassinou o pai de família e, mesmo assim, o grupo continuou pedindo resgate à família.
O corpo da vítima só foi encontrado seis dias depois dentro de poço no bairro da Paz. Na época, a investigação da Polícia Civil revelou que Edmilson Vieira Mendonça teria ordenado, de dentro do presídio, o sequestro e o assassinato do pecuarista.
Dos 17 suspeitos presos pela Polícia Civil onze passaram a ser réus no processo.