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“As coisas acontecem como tem que acontecer e eu respeito muito a vontade de Deus e a expressão popular”, diz Minoru sobre suas excelentes votações que não lhe deram mandatos
Por Alessandro Silva
O portal AcreNews entrevistou o ex-reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac) e presidente da Fundação Elias Mansour (FEM), Minoru Kinpara, uma das grandes apostas do governador Gladson Cameli para seu segundo mandato.
Minoru falou sobre sua nova missão à frente da cultura, os resultados das urnas nas últimas eleições a qual participou e do seu futuro político.
Acompanhe a entrevista agora:
AcreNews – Qual é a sua expectativa para essa sua nova missão a frente à cultura?
Minoru Kinpara – Estou muito motivado para enfrentar esse desafio que me confiou o Governador. Tenho repetido ultimamente, parafraseando a nossa grande atriz Fernanda Montenegro, que um “país sem cultura é um país sem educação”. Cultura é diálogo, é identidade, é movimento. Com esses princípios minha relação será sempre de cordialidade e respeito com todo o movimento cultural do estado, com os diversos parceiros e atores para que juntos possamos dialogar, propor e executar a política estadual de cultura.
AcreNews – Qual é o maior seu maior desafio à frente da Fundação de Cultura Elias Mansour?
Minoru Kinpara – Assumir a coordenação de uma área tão importante é o grande desafio. Acredito que posso contribuir com minha formação acadêmica (mestrado, doutorado, pós-doutorado) na área de educação e também com minha experiência como gestor, especialmente durante os dois mandatos como reitor a frente da nossa universidade federal.
Minha motivação é proporcional à vontade de trabalhar para construir um legado em conjunto com todos os atores e parceiros do movimento cultural do estado.
AcreNews – Existe explicação para suas votações extraordinárias estarem apenas na ciência política, nos coeficientes, na escolha mal de partidos, ou, evangélico como o senhor é, tem alguma mensagem sublinhar nisso, vinda do além, porque não é possível o senhor ser fenômeno em três eleições e não ter uma cadeira, não ter um mandato?
Minoru Kinpara – A política é um fenômeno histórico e ao mesmo tempo dinâmico. As vezes qualquer análise no meio dos processos é uma análise incompleta. As coisas acontecem como tem que acontecer e eu respeito muito a vontade de Deus e a expressão popular. Tivemos votações extraordinárias para o senado, na disputa da prefeitura de Rio Branco e por último na eleição de deputado federal, quando fomos o segundo mais bem votado na capital e ainda uma votação total superior a 3 candidatos eleitos. Enfim, é o processo eleitoral, sabíamos da regra desde o início. Cabe a nós a reflexão com serenidade e sensibilidade para entendermos o cenário político que estamos inseridos.
AcreNews – O senhor já parou com seu grupo político para pensar os próximos passos visando as eleições de 24 e 26?
Minoru Kinpara – Como eu falei na resposta anterior é tempo de serenidade, de entendimento e de compreensão do processo como um todo. Nunca entrei na política por objetivos ou interesses pessoais, entendo a política como um meio de servir a coletividade, e lutar por melhores condições de vida para nossa população. Essa será sempre minha postura.
AcreNews – Caso, o governador Gladson Cameli lhe convidasse a ser o candidato dele a prefeitura da capital o senhor toparia?
Minoru Kinpara – Uma coisa que aprendi nesses anos de vida pública é que ninguém é candidato majoritário apenas por sua vontade ou querendo impor seu nome em qualquer debate. Eu sou alguém que preza pela construção política, pelo diálogo, pelo entendimento. Acredito muito na liderança política do governador. No entanto, o meu foco é fazer um bom trabalho a frente da Fundação Elias Mansour. A missão e desafiadora.
AcreNews – Qual é a mensagem que o senhor deixa aos leitores do portal AcreNews?
Minoru Kinpara – Mais uma vez obrigado pela oportunidade de levar nossa mensagem aos leitores, aproveitando para desejar a todos um ano de 2023 de muitas realizações e ao mesmo tempo sabedoria para enfrentar os desafios que se aproximam.