EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO | Saída de Marcos Alexandre do PT teria sido estratégica pra ele disputar a eleição em outra sigla, diz fonte da coluna
O ex-prefeito de Rio Branco, Marcos Alexandre, explicou sua desfiliação do PT, na virada do ano, como sendo uma decisão burocrática, para ele poder prestar serviços ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). De fato ele foi trabalhar no TRE, contudo isso faria parte de uma movimentação concatenação, coordenada, segundo uma fonte da coluna de dentro da própria esquerda. Seria a forma encontrada para ele deixar a velha e desgastada sigla sem parecer ingrato e ao mesmo tempo egoísta, tipo, se não ganha no PT, o importante é ganhar, seja onde for. Até porque, na eventualidade de ele disputar a eleição do ano que vem em outro partido, o PT deverá estar em seu palanque, haja vista a falta de nomes competitivos nas hostes petistas para a tarefa de brigar pela prefeitura da capital. Marcos pode parar no MDB, como a coluna antecipou há dois meses, ou até mesmo no PSD do senador Sérgio Petecão, sabe-se lá. O certo mesmo é que ele é o nome ideal de uma pretendida frente de adversários do prefeito Tião Bocalom (PP) e do governador Gladson Cameli (PP), que topam tudo para derrota-los. Trocando em miúdos: ele saiu de fininho do PT, não provocou desgaste, mais do que a sigla vem sofrendo ao longo dos últimos anos, já apareceu bem em pesquisa e pode ser o nome do frentão. Ou não. Não seria improvável, também, eu estar viajando em uma pratada de maionese estragada. Eu e minha fonte. Esperemos.
Começou a dificuldade
Foi a Marina Silva voltar para o ministério do Meio Ambiente que as coisas já começaram a dificultar para administrações que pensam no progresso, caso do Acre, cujo Governo pretende interligar os municípios isolados. Como na época em que o saudoso governador Orleir Cameli tentativa iniciar as obras da BR-364, rumo à Cruzeiro do Sul, chegou a primeira paulada. O Ministério Público Federal pediu suspensão de uma obra que nem começou. O Deracre ainda junta documentos por meio dos quais pedirá licença para abrir uma estrada entre Manuel Urbano e Santa Rosa do Purus.
Guloso, não, trabalhador
Não adianta chamar o deputado estadual afastado Luiz Tchê (PDT), que está secretário de Agronegócio, de guloso. Ele faz partido, elege muita gente, e na hora do bolo, ele quer o pedaço dele. Trabalha pra isso. Merece.
O Boca cresceu
É preciso reconhecer, em relação a pesquisa do Data Control, que o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), cresceu muito em um ano. Subiu de 16% para 33% sua aprovação, no que pese ele ter a maior rejeição. O velho Boca precisa reunir a equipe para discutir novas estrategias porque a eleição se aproxima.
Gladson e Jorge
Discutir a possibilidade de aproximação política entre o governador Gladson Cameli (PP) e o ex-senador Jorge Viana (PT) não é pecado. Todo mundo pode discutir. Agora acontecer são outros quinhentos. O Gladson faz movimentações surpreendentes, as vezes, se for para garantir seu governo.
Não é o Bira, é a esquerda
Fui perguntado hoje na rádio Cidade porque o prefeito de Xapuri, Bira Vasconcelos (PT), apareceu mau avaliado na pesquisa Data Control. Simples. A esquerda fez sua cama naquela município, sobre a inocência e depois sobre o cadáver de Chico Mendes e nunca retribuiu. O atual governador, Gladson, fez uma porção de coisas lá, principalmente a ponte que ligará a cidade velha ao bairro Sibéria. O povo não reprovou o Bira, reprovou a esquerda, quando foi ouvido pelos pesquisadores.
Sonho morto
O prefeito de Santa Rosa do Purus, Tamir de Sá (MDB), está uma arara baiana de brabo, porque nem foi feito licitação, nem nada ainda para a tão sonhada ligação de seu município por estrada, saindo na BR-364, em território de Manuel Urbano, e o Ministério Público Federal já pediu a suspensão. “Será que vão matar o sonho nosso de quase cem anos?”, questiona ele.
Rancor
Mandei uma curta entrevista para o ex-senador Jorge Viana (PT), agora presidente da Apex. Queria saber, para explicar ao leitor da coluna, o que é, o que faz e que serventia terá essa Apex para o Acre. Também perguntei que Gladson Cameli ele encontrou nesse segundo mandato. Mostrando rancor, talvez por eu ser um crítico dele como político, não deu nem confiança, apesar de ter visualizado. É o velho Jorge.
Tara por números
Queria saber que tara é essa da esquerda por números vultosos. Passaram a campanha toda dizendo que mais de 30 milhões de pessoas estavam morrendo de fome no Brasil e agora a Marina Silva disse em Davos que esse número é bem maior. Seriam, segundo ela, 120 milhões.
Cuidar da reeleição
“Dessa vez vou cuidar da reeleição”. Promessa feita pelo suplente de vereador João Marcos Luz (MDB), que vai assumir pela segunda vez por dois anos. Da primeira, quando assumiu o lugar de Eliane Sinhasique, que se elegeu deputada estadual, ficou dois anos mas não aumentou sua votação. Em fevereiro assume a cadeira de Emerson Jarude, que se elegeu estadual, como Sinhasique.