Escritor Pitter Lucena aborda a fragmentação do tempo atual por meio de poesia em seu livro Tempos dispersos

O livro de poesias, Tempos dispersos, do jornalista Pitter Lucena, aborda a ideia de fragmentação e dispersão do tempo na sociedade atual. A vida moderna é marcada por uma multiplicidade de atividades e obrigações, provocada em uma sensação de correria e falta de tempo. Além disso, a tecnologia e as redes sociais propiciam uma fragmentação ainda maior do tempo, com as pessoas alternando rapidamente entre diferentes tarefas e distrações.
Desde a antiguidade, os filósofos têm debatido o conceito de tempo e sua relação com a existência humana. Para Platão, o tempo é uma ideia imutável e eterna, enquanto para Aristóteles, é uma medida da mudança. Já para Immanuel Kant, o tempo é uma condição subjetiva da percepção humana, e para Henri Bergson, é uma dimensão da vida e da consciência.

A dispersão do tempo na sociedade contemporânea pode ser vista como uma consequência do ritmo acelerado da vida moderna e da busca pelo constante entretenimento e distração. No entanto, também pode ser considerada uma ameaça à reflexão profunda e ao desenvolvimento da consciência.

Por outro lado, a fragmentação do tempo também pode ser encarada como uma oportunidade para a diversificação das experiências e para a multiplicação das formas de realização pessoal. É importante equilibrar a correria e a dispersão do tempo com momentos de contemplação e reflexão, a fim de preservar a saúde mental e emocional.

Nos tempos dispersos de hoje, vivemos num mundo de constantes mudanças e intermitentes. O ritmo acelerado da vida moderna nos obriga a correr atrás de metas e objetivos, esquecendo muitas vezes de apreciar o momento presente. Nossa busca frenética por excitada acaba por nos dispersar em várias direções ao mesmo tempo, sem nunca realmente nos concentrarmos em algo que seja verdadeiramente significativo.

A filosofia nos ensina que a dispersão é resultado da falta de concentração e da perda do sentido de propósito. Quando nos desligamos do momento presente, não participamos de ter uma compreensão clara e profunda da realidade que nos cerca, e acabamos vivendo de maneira superficial e desconectada. É preciso encontrar uma forma de se concentrar e encontrar o significado nas coisas, para que possamos viver de forma plena e satisfatória.
O filósofo Epicuro acreditava que a felicidade está relacionada à moderação e à satisfação com o que se tem, e não na busca constante por coisas novas e diferentes. De maneira semelhante, o filósofo Zen ensina a importância de estar presente e consciente no momento, deixando de lado as preocupações com o futuro e o passado.

Em resumo, viver em tempos dispersos requer que encontremos maneiras de nos concentrar e encontrar significado na vida, a fim de evitar a sensação de vazio e de viver de forma superficial e desconectada. Isso pode ser alcançado através da prática da reflexão filosófica, da meditação e da busca por equilíbrio entre as diferenças.

Biografia
Nascido nos seringais em Xapuri, no Acre, Pitter Lucena deu os primeiros passos no caminho das letras no início da década de 80 quando estudou Teologia dentro do projeto das Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica no Acre.

Em 1985 entrou para o mundo do jornalismo. Trabalhou como repórter nos jornais Folha do Acre, O Rio Branco, A Gazeta e A Tribuna, além das emissoras de TV como Globo, Bandeirantes, SBT e Record. Foi assessor de imprensa do SESC e Conselho Regional de Medicina, todos no Acre. Também foi assessor de imprensa no Senado Federal de 2005/2019.
Em 2003 ganhou o prêmio de jornalismo José Chalub Leite por reportagens sobre o esquadrão da morte no Acre.

É bacharel em Comunicação Social, jornalismo, pelo Instituto de Educação Superior de Brasília – Iesb.
Autor dos livros:

• Historiografia acreana e outros causos
• Akyryanas
• Massacre em Pando
• Verdades Improváveis
• Provérbios e Ditos Populares
• Deambulus.

O livro está a venda na editora https://loja.uiclap.com/titulo/ua28069/